Antes de colocar pela primeira vez os pneus na pista, em sua estreia num treino oficial da Fórmula 1, o italiano Andrea Kimi Antonelli, 18 anos, pediu que seu carro fosse o de número 12, como o de Ayrton Senna (1960-1994), seu ídolo-mor, nos tempos da Lotus. O rapaz, que ainda tem espinhas no rosto, enfrenta o desafio de substituir o heptacampeão Lewis Hamilton na temporada de 2025. Talvez sua missão maior seja mostrar que sua ascensão em velocidade recorde não tem nada a ver com o fato de seu pai, Marco Antonelli, ser figura proeminente no meio, dono da equipe de kart AKM Motorsport — onde o garoto, aliás, começou. Na passagem de bastão, Hamilton, agora na Ferrari, expôs sua surpresa: “Foi uma sensação surreal receber a confirmação oficial do nome dele. Fará um ótimo trabalho”, disse gentilmente sobre Andrea que, logo na estreia em Monza, acabou batendo após cinco voltas.
Publicado em VEJA de 6 de setembro de 2024, edição nº 2909