Neymar foi oficialmente anunciado nesta terça-feira, 15, como novo reforço do Al-Hilal. Aos 31 anos, o atacante assinou contrato de dois anos, e a divulgação foi feita por meio das redes sociais do seu novo clube. As informações dão conta que ele vai ganhar 320 milhões de euros, algo em torno de 1,7 bilhão de reais, incluindo salário, luvas e acordos comerciais. Time de maior investimento no atual mercado, o Al-Hilal também é o mais popular da Arábia Saudita. Comandando pelo ex-flamenguista Jorge Jesus, já trouxe para essa temporada os jogadores Rúben Neves, Kalidou Koulibaly, Sergej Milinkovic-Savic, Malcom.
“Neymar no Al-Hilal demonstra o tamanho da força da Arábia Saudita na janela de transferências. Com Cristiano abrindo as portas, a chegada do Brasileiro é a cereja do bolo desse mercado de verão. Pensando no universo Europeu, esse movimento pode aumentar a concorrência dos clubes, inflacionar futuras negociações e criar nova concorrência para Ligas e contratos de patrocínio. Agora é ver por quanto tempo vai durar o apetite Árabe, que é impulsionada por interesses políticos, nessa iniciativa”, afirma Bruno Brum, CMO da Agência End to End, empresa que é um hub de soluções e engajamento para o mercado esportivo.
Especialistas em gestão e marketing esportivo analisam os impactos globais e também para o Brasil com a ida de um dos principais atletas do país para a Arábia. Para se ter uma ideia, nas primeiras duas horas após o anúncio oficial, as redes sociais do Al-Hilal tiveram mais de 3 milhões de curtidas. Já Neymar, que é o esportista brasileiro com mais seguidores no Instagram, com 212 milhões, ganhou quase meio milhão de seguidores desde sábado, 12, quando as primeiras notícias confirmando a negociação iniciaram.
“A ida do Neymar traz ainda mais a atenção para a Liga Saudita, principalmente no que diz respeito aos direitos de transmissão internacionais. Para quem comprou esses direitos antes do anúncio do Neymar, como a Band, é algo extremamente positivo, porque melhora a atratividade da competição e, com certeza, irá gerar mais audiência no Brasil. Isso faz com que o mercado publicitário se aqueça”, aponta Bernardo Caixeta, gerente de marketing e relações esportivas da Penalty. “A ida de Neymar atrairá atenção do público e visibilidade para a Liga Árabe neste movimento de fortalecimento de seu futebol local”, completa Henrique Borges, CEO da Somos Young, empresa que realiza atendimento junto aos sócios-torcedores do Cruzeiro e do Bahia. “Aumenta a atratividade do futebol daquele país na América do Sul, que já começa a ser chamado carinhosamente pelos brasileiros de ‘Sauditão’”, finaliza Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.