A maré realmente não anda boa para Novak Djokovic. Dez anos depois de ser contratado para uma série de eventos no Rio de Janeiro e levar um calote do governo do Estado, o tenista número um do mundo vem enfrentando dificuldades legais para receber os 3,2 milhões de reais do cachê a que tem direito.
Juíza da 14ª vara de Fazenda Pública, Neusa Regina Leite decidiu que o montante tem que ser quitado, sim – mas como, se o sistema de pagamentos do Tribunal de Justiça do Rio foi programado para expedir precatórios somente em nome de cidadãos brasileiros com CPF? Deu-se o impasse, já que Djokovic, 34 anos, é sérvio e apresentou o passaporte como documento oficial.
No mais recente capítulo da novela iniciada em 2012, a magistrada pede ajuda ao departamento de informática do TJ para resolver a questão, “por tratar-se de exequente estrangeiro”. Está feia a coisa para o atleta, que ainda lambe as feridas do constrangedor episódio de deportação da Austrália por falta de vacina contra a Covid-19.
Como se sabe, Djokovic, além de reinar no topo máximo do ranking mundial masculino de tênis e de ser considerado um dos maiores atletas da história do esporte, pode voltar a ilustrar manchetes no mundo inteiro caso se recuse a receber o imunizante. Isso porque o parlamento europeu aprovou o projeto de lei que exigirá o certificado de imunização. Vale lembrar que a próxima edição do torneio Roland Garros acontecerá na França entre 22 de maio e 5 de junho deste ano.