Em grande movimentação política para conquistar votos entre mulheres e religiosos, a senadora Damares Alves (Republicanos) e a primeira-dama Michelle Bolsonaro estão rodando o Sudeste, onde estão 42% do eleitorado nacional, para tentar garantir a reeleição de Jair Bolsonaro (PL). Diante dessa pressão, uma das táticas é investir em falas como “questão de vida ou morte”, proferida por Damares, nesta quarta-feira, 19, em um encontro ecumênico no estado de São Paulo.
Em uma espécie de pregação misturada a comício político, a senadora mais votada do país chamou a deputada federal Silvia Waiãpi, indígena apoiadora de Bolsonaro, para falar sobre a questão “pró-vida”. Silvia, fortemente pautada pelo aspecto emocional, esbravejou que “nenhuma criança originária será sacrificada”. Segundo alegou, nos governos anteriores, os povos originários sacrificavam crianças que tenham nascido com algum tipo de deficiência. A declaração foi suficiente para que Damares, a primeira-dama, o senador Marcos Pontes (PL) e o candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) chorassem durante o evento.