Morre Heloísa Teixeira, imortal da ABL, aos 85 anos
Acadêmica deu entrevista recente a coluna GENTE

A acadêmica e escritora Heloisa Teixeira morreu nesta sexta-feira, 28, no Rio de Janeiro, aos 85 anos, após complicações de uma pneumonia e insuficiência respiratória aguda. Ela estava internada na Casa de Saúde São Vicente, na Gávea. Em 2024, quando lançou o livro Rebeldes e Marginais: Cultura nos Anos de Chumbo (1960-1970), falou com a coluna GENTE. “Não me considero nem rebelde, nem marginal, agora me considero uma avó muito feliz. Então nenhum nem outro mais, mas continuo querendo mudar o mundo”.
Uma das principais vozes do feminismo brasileiro, Heloísa foi a décima mulher eleita para a ABL. Ela era formada em letras clássicas pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), com mestrado e doutorado em literatura brasileira na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-doutorado em sociologia da cultura na Universidade de Columbia, em Nova York. Entre os livros publicados, destaca-se 26 poetas hoje, Cultura e Participação nos anos 60; Pós-Modernismo e Política; O Feminismo como Crítica da Cultura; Explosão feminista entre outros.
Nos últimos anos, passou a adotar o sobrenome materno, assinando como Heloisa Teixeira no lugar de Heloisa Buarque de Hollanda, em um gesto simbólico de reafirmação de sua identidade e trajetória pessoal. Sua vida e sua obra foram recentemente retratadas no documentário O nascimento de H. Teixeira, lançado pelo Canal Curta! em março de 2025.