“A televisão está muito acomodada”. É com essa percepção provocativa, e disposta a fazer o “diferente”, que Regina Volpato fala sobre suas motivações com o novo programa diário nas manhãs do SBT, o Chega Mais, que apresenta ao lado de Michelle Barros. “O ao vivo faz diferença na televisão aberta”, devolve a colega, ex-TV Globo, que não teme virar memes na internet ou ser foco de comentários sobre rivalidade com outras apresentadoras. Em conversa com o programa da coluna VEJA Gente no Youtube, as duas falam sobre este desafio.
Vocês temem virar meme com o programa? REGINA VOLPATO: “Eu sou o meme ambulante”. MICHELLE BARROS: “Não, a gente não tem esse problema. Regina e eu aprendemos, depois de uns anos de experiência, que aceitar as brincadeiras é a forma mais legal de lidar com qualquer acontecimento. Até porque a gente faz ao vivo, e ao vivo é óbvio que vão acontecer imprevistos. Depois você pensa ‘ai meu Deus’. Mas agora, com redes sociais e internet, é isso. A gente tem que brincar”.
Como lidam com a concorrência de apresentadoras nos outros canais: Ana Maria Braga e Patrícia Poeta na Globo, além de Ana Hickmann, Renata Alves e Ticiane Pinheiro na Record? REGINA VOLPATO: “Acho que é um horário nobre. Todo horário na televisão é difícil, na minha avaliação, esse é um dos mais difíceis porque temos belíssimas atrações consolidadas há muito tempo. E vou além: temos a Globo, a Record, mas também a Rede TV, com opções interessantíssimas, a Band… Todos muito estabelecidos no mercado e fazendo um belo trabalho. São alvo da nossa admiração, sim. Briga entre apresentadoras não tem, porque como se pode ver, a gente muda de emprego, muda de canal… Estamos saindo do zero, vamos experimentar. E do meu ponto de vista, a televisão está muito acomodada, muito parada. Aqui existe a vontade de fazer diferente”. MICHELLE BARROS: “Está todo mundo da equipe na mesma tomada: ‘vamos fazer diferente, vamos tentar’. Inclusive a direção deixou isso muito claro: ‘experimentem, queremos saber se isso funciona’. O hoje é diferente. A forma que a gente fazia televisão há 30 anos mudou assombrosamente, numa velocidade absurda por conta da internet. Precisamos experimentar formas novas de comunicação. O ao vivo faz diferença na televisão aberta. A gente precisa sintonizar o ao vivo com a internet”.