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Maria Cândida admite uso de cannabis medicinal na menopausa

Após anos de depressão, apresentadora comemora volta a TV Globo e lança o livro ‘Geração Ageless Lobas’

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Giovanna Fraguito Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 jun 2023, 11h00

Ao se questionar sobre os desafios de uma vida saudável e longeva, como a necessidade de cuidados preventivos, a apresentadora e jornalista Maria Cândida, de 51 anos, mergulhou em um autoconhecimento. O resultado é o livro que acaba de lançar, Geração Ageless Lobas, com foco em mulheres acima dos 40 anos. De volta à TV Globo, no É de casa (seu último trabalho na emissora foi em 1998, no Globo Rural), ela defende a afinidade por gostos e vontades, sem restrições ou limitações relacionadas à idade, como uso de vibradores. A seguir, o bate-papo com a coluna.

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Quais são os maiores desafios no envelhecimento para as mulheres? Tudo tem a ver com os hormônios e a menopausa é um desafio muito grande. Por isso que, em toda a minha fala e no livro, sempre aponto a necessidade de planejamento. E a gente precisa fazer isso nos 40 ou 50, porque por volta dos 48 a mulher já entra na menopausa. As desacelerações do envelhecimento começam a partir dos 40.

Como você entendeu o processo da menopausa em seu corpo? Tive uma crise de pânico no camarim da Rede Record, que eu não nem sabia o que era, ninguém falava de saúde mental. Foi em 2009. Comecei a me sentir estranha, sonolenta. E quando cheguei no camarim, caí, fui rastejando até o telefone e chamei a minha estagiária: ‘Estou morrendo’. De lá fui direto para psiquiatra e comecei tratamento. Depois tive depressões ao longo de dez anos. Fui treinada a trabalhar sem parar, e esse foi um divisor de águas que me fez desacelerar. Pedi demissão, terminei meu casamento, várias coisas foram mudadas.

E o lado físico? Há pontos que você tem que prestar atenção. Se for seu desejo perder peso, que faça isso antes da menopausa, porque o organismo vai ter desaceleração maior quando chegar nesta fase. Outro ponto de atenção é a depressão. A queda do estrogênio pode gerar tristeza, sabe TPM? Quando você se sente meio triste, assiste a um filme romântico e chora? É esse tipo de coisa que acontece perto da menopausa, são sentimentos confusos. Além disso, tem a perda de massa muscular.

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Você sofreu com o etarismo na TV? Não foi só preconceito de falar. Nesses momentos de mudanças, depois de um tempo que fui fazer outras coisas, meu dinheiro acabou. Quebrei financeiramente, tive que vender meu apartamento, comprei um menor, tive que vender meu carro. Tinha que voltar e pedir emprego em várias TVs, era o que eu sabia fazer. E o que que eu ouvia? ‘Você é muito qualificada para o que tenho aqui’. E ouvia nos bastidores que a minha época na TV já tinha passado. Posso te afirmar categoricamente que muitas pessoas que não me aceitaram me fizeram acreditar que a minha época já tinha mesmo passado. E eu estava com uns 44 anos.

Como conseguiu sair disso? Investi na internet. Usei toda a minha expertise para fazer coisas no celular. Foi quando coloquei no meu YouTube que me chamaram na Globo. E hoje tenho um quadro no É de Casa que se chama ‘Sábado Curioso’, todo gravado por mim, no celular.

O que representa este retorno à Globo? Foi uma revolução! Comecei a trabalhar com máquina de escrever, não tinha nem celular, não tinha internet, nada. E de repente tenho que ser empurrada para uma coisa sem habilidade. Não sou nativa digital, não tinha habilidade nem achava que poderia.

Você explora o conceito “ageless’ em seu livro. Como o define? Quero que me vejam envelhecendo. Uma pessoa ver outra envelhecendo e cuidando de si, potente, com altos e baixos, é importante. Você dá força ao movimento feminista, ao poder de nós mulheres, de realmente ocupar nossos espaços. Não dá para falar: ‘Ai, eu tô ficando velha’. Não! A gente tem que ir com pé na porta.

Você faz reposição hormonal? Faço. Não sei como viveria, porque a menopausa chegou para mim com muito cansaço, irritação, perdi produtividade, perdi ritmo de trabalho, tudo. Faço vários testes em mim, inclusive com o uso de cannabis medicinal para ajudar na insônia, porque a reposição hormonal, muitas vezes, não consegue eliminar ou aliviar todos os sintomas. Hoje os médicos já falam que é como se fosse disciplinar o tratamento da menopausa. Além dos exercícios físicos, há outras coisas medicinais, como os óleos, a serem usados.

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Recentemente, Angélica recebeu críticas por indicar um vibrador de presente no Dia das Mães. O que pensa sobre isso? As pessoas são muito caretas, mas nas redes sociais falo muito disso. Tanto que tenho um vídeo, ‘Meu primeiro sugador clitóris’. Tenho 51 anos, fui a um sex shop com um boné, entende? De vergonha… Já não era novinha, a nossa geração tem vergonha de falar de sexo. É tudo meio baixo, a gente não se masturba. Esse vídeo foi uma revolução, primeiro porque nenhum homem vai ser igual a uma máquina, tá? O meu papel é jogar essas questões. Nem sabia que tinha velocidades. Esses brinquedos ajudam muito na menopausa, quando há perda de libido. Na masturbação, no sexo com companheiro ou companheira, você resgata muitos hormônios na descarga hormonal. Masturbação e sexo são muito bons, a gente tem que transar muito mesmo.

Você está namorando? Não, não tenho namorado. Às vezes tenho tanta preguiça, os homens, principalmente da minha idade, não estão preparados para esse tipo de discurso, entende?

Por que não estariam? Eles se sentem diminuídos. Há ainda muito machismo. Hoje entendo uma relação como parceria. Se realmente não me respeitar e entender o que falo, tal como é importante no segmento de trabalho, não tem como. É um resgate da autoestima. E não encontrei um homem interessante, então prefiro ficar sozinha, por enquanto. Mas se quiserem, se apresentem (risos).

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