Em 2018, o mineiro Gustavo Pereira abandonou duas décadas de publicidade para investir nas panelas. Hoje, aos 41 anos, o chef é dono de um requisitado bufê que carrega os ares franceses de sua estada na École Gregoire-Ferrandi e atende ao mercado de luxo, de bancos a grifes, como Burberry e Dior. “Seguimos o DNA da marca para deixar a criatividade fluir no cardápio”, diz. Nem a pandemia abalou seu negócio: os eventos voltaram, ainda que reduzidos para trinta convivas no máximo. Ele agrada ao público classe A com aperitivos delicados — os amuse-bouches —, saboreados com discrição. Isso não impediu que, em festa recente, a mulherada enchesse bolsas Louis Vuitton e Gucci de docinhos. “Elas os pegavam aos tapas.” Na sua bombada loja virtual, um brigadeiro de colher sai pela bagatela de 60 reais.
Publicado em VEJA de 16 de dezembro de 2020, edição nº 2717