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Duca Rachid assume desafio de ‘mostrar o Brasil como ele é’

Autora de ‘Amor Perfeito’, da TV Globo, conversou com a coluna

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 abr 2023, 15h00

Autora de Amor Perfeito, novela que se passa nos anos 1940 numa cidade fictícia do interior de Minais Gerais, Duca Rachid apresenta muitos temas atuais. O folhetim mostra a saga de um garoto criado num mosteiro para encontrar a mãe. Dona de dois Emmy’s (Joia Rara, de 2014; e Órfãos da Terra, de 2020), a autora comenta, em conversa com a coluna, os desafios de apresentar diversidade no audiovisual – seu elenco é majoritariamente negro – um feito e tanto nas produções de TV sempre marcadas por atores brancos.

Depois de dois Emmys, o desafio aumenta quando começa a escrever novo trabalho? O desafio é sempre o mesmo. Nunca faço uma novela pensando nos prêmios. É sempre um risco fazer novela. Estou nessa vida há 24 anos, a gente faz com a melhor das intenções, querendo que o resultado seja o melhor possível, mas também não posso garantir. Não dá para pensar em repetir um fenômeno, como Cordel Encantado, por exemplo. Fenômeno é fenômeno.

Como é trabalhar o tema da representatividade em Amor perfeito? A gente foi fazer uma pesquisa histórica e conceituou a novela em função dessa pesquisa. A gente levantou toda uma iconografia negra e descobriu que a elite negra sempre existiu no Brasil, só ficou escondida debaixo da narrativa hegemônica do Sul e do Sudeste. Foi surpreendente, nem eu conhecia. A gente achou interessante resgatar isso, trazer brasilidade à novela, mostrar o Brasil como ele realmente é, com todas as cores que tem. A ideia da novela não é falar da questão racial, mas é mostrar um Brasil que sempre existiu.

Não vai tratar diretamente da questão do racismo mesmo tendo vários atores negros? A gente não vai esconder o racismo, ele existe. Os personagens estão aí, vão reagir a isso, mas não estão ali especificamente para sofrer o racismo e a gente discutir sobre isso. Não dá para esconder e não é possível esconder, né?

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Sua novela só é possível graças a esse novo contexto político? Não, acho que (a pauta da diversidade) começou muito antes, até antes da era Bolsonaro.

Esta preocupação com diversidade é uma virada de chave na teledramaturgia da Globo? É um caminho sem volta, a gente tem que se assumir como brasileiro. Nós somos isso (que era mostrado), entende? A cultura negra nos perpassa. Eu como feijoada, eu vou no terreiro… A gente tem que se assumir como brasileiro, naturalizar todo mundo num outro lugar social.

É também uma forma de fazer com que a novela vença a briga do streaming? Acho que muito do streaming vive em função da novela. As grandes audiências da Globoplay são novelas. Eu não sei se dá para brigar com o streaming. A ideia não é essa. Mas que a novela ainda é uma grande força nesse país, isso é verdade. Muita gente não tem streaming, não consegue pagar, não tem acesso a internet de qualidade. Novela ainda tem grande força para falar com essas milhões de pessoas.

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Elisio Lopes Jr, Duca Rachid e Julio Fischer – (Paulo Belote/TV Globo)
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