Diretor durão do carnaval carioca vira peça teatral no Rio
Ator Cridemar Aquino interpreta um exigente diretor carnavalesco no espetáculo teatral “Joãosinho e Laíla”
Cridemar Aquino emenda televisão com teatro. O ator se despede da novela “Quanto Mais Vida Melhor”, na qual vive o delegado Nunes, e se prepara para dar vida ao polêmico diretor de carnaval Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, mais conhecido como Laíla, no espetáculo “Joãosinho e Laíla”. A previsão de estreia é dia 9 de junho, no Sesc Copacabana, no Rio. Laila teve mais de cinquenta anos de sua vida dedicados ao mundo do samba, sendo trinta deles na Beija-Flor de Nilópolis. Seu jeito durão – ninguém desfilava se não soubesse cantar o samba a plenos pulmões – impôs uma imagem folclórica na Sapucaí. E foi na escola da Baixada Fluminense que o diretor fez dupla com o ícone Joãosinho Trinta, sempre apontado como o maior dos carnavalescos. A seguir, o bate-papo de Cridemar com a VEJA.
Como está sendo a preparação para viver Laila? O que você descobriu nele?
Estou muito feliz em fazer parte do espetáculo que homenageia esses dois ícones do carnaval carioca. Joãosinho Trinta e Laíla merecem muito essa homenagem. Representar o grande Laíla é profunda emoção. Já admirava esse profissional. Agora tendo a oportunidade de mergulhar em suas histórias, descobri o quanto ele era sensível, afetuoso e principalmente humano em suas relações de convívio. Laíla sempre foi coração.
Laila foi um grande nome do carnaval carioca. Como é sua relação com o samba?
É maravilhoso poder juntar duas coisas que fazem parte da minha vida diariamente. Minhas duas paixões: samba e o teatro. Faço as duas coisas com a mesma intensidade e verdade. O teatro entrou em minha vida há 25 anos e nunca mais saiu. Esse ano completo 25 anos de carreira com passagens pela TV, teatro, cinema e disposto a trabalhar cada vez mais. Já no samba, fui carinhosamente “picado” na infância, dentro da quadra da Beija-Flor. Como dizem os mais velhos, estou igual pinto no lixo!
Sempre desfilou?
Sim! Durante quinze anos, desfilei em comissões de frente de várias escolas, carros coreografados, alas soltas e até de baiana na Paraíso do Tuiuti, onde havia uma ala composta só por homens representando “falsas baianas”.