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Diego Hypólito: abalo da saúde mental, sexo na Olimpíada e a vida no circo

Convidado do programa semanal da coluna GENTE, ginasta opina sobre temas polêmicos e conta bastidores da carreira. Assista

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 jul 2024, 10h30 - Publicado em 29 jul 2024, 10h29
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  • Entre lágrimas e risadas, a trajetória de Diego Hypólito, 38 anos, em Olimpíadas é marcada por, pelo menos, três grandes momentos de sentimentos distintos. Em Pequim 2008, após uma incrédula queda de bunda, seguido por nova queda de cara em Londres 2012. E, na sequência, na Rio 2016, o êxtase da prata no solo. Guardadas as devidas proporções das emoções sob os holofotes, Diego nunca foi de esconder a euforia que exacerbava nas suas apresentações. “Nunca deixei de fazer absolutamente nada que eu tivesse vontade, inclusive beber e sair, no período de treinamento. Sempre fui muito vivo. (…) O que eu mais tenho de diferente da época dos meus jogos olímpicos é o meu rosto mesmo, porque dei uma repaginada. Um botoxinho de leve”, diverte-se ele, convidado do programa semanal da coluna GENTE no Youtube e no streaming Veja+.

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    Após anunciar em 2019 a aposentadoria do esporte que o projetou, no mesmo ano que falou pela primeira vez sobre sua homossexualidade, assunto ainda hoje encarado com certo tabu entre atletas de diferentes modalidades, Diego reforçou a referência em torno de seu nome. Logo foi chamado para comentar competições de ginástica na TV Globo – o que fará de novo nos Jogos de Paris 2024 – além de também ter se tornado mestre de cerimônias do circo Abracadabra, onde dá suas hipnotizantes acrobacias no ar. “Não sou ex-ginasta, sempre serei ginasta, eternamente”, diz, com seu sorriso largo e marcante.

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    Leia também: O que há por trás do recente sucesso da ginástica brasileira em Olimpíada

    No clima das Olimpíadas, o primeiro ginasta masculino da América do Sul a conquistar uma medalha em campeonatos mundiais da modalidade, nesta entrevista, conta bastidores das festinhas privadas comuns nas vilas olímpicas, como a saúde mental pode abalar um competidor de alto rendimento e explica por que Rebeca Andrade é o grande nome a ser batido até pela americana Simone Biles.

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    REFERÊNCIA PARA NOVAS GERAÇÕES. “Se eu fosse falar anos atrás, quando eu competia, que tempos depois, a ginástica se tornaria o principal esporte olímpico para conseguir medalhas para o Brasil, seria um sonho. Isso é gratificante demais. (…) Vejo o amor em crianças que citam nossas meninas ginastas como referência, Rebeca tem uma plenitude na hora da competição, que isso pode intimidar até Simone Biles. Ela é fina demais, mostra um valor muito grande”.

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    SAÚDE MENTAL. “Não pode romantizar como antigamente. O que Simone teve nos Jogos Olímpicos é grave, ela se perdeu psicologicamente. Um atleta se perder no meio de um esporte pode ser grave, a ponto dele ficar tetraplégico, morrer… Quando ela percebeu que a saúde mental e física estava com problemas, parou e saiu de cena. Isso foi importante para que a pauta da saúde mental fosse melhor trabalhada com seriedade por todos. A primeira vez que precisei de ajuda psicológica foi após queda em Londres 2012, parecia que eu tinha matado alguém. Foi bem pior do que a de Pequim 2008. Um avião não cai por um único erro, são vários. O atleta cai também por vários motivos”.

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    SEXUALIDADE EXPOSTA. “Falar abre possibilidades para que outras pessoas se conheçam. Tem gente que se mata. Isso é grave. Nunca lidei com isso como pauta minha de vida. Quero que outras pessoas também se sintam normais, não coloco mais tabus sobre mim. você tem que ser o que quiser, ser feliz. Quando Lais Souza ficou tetraplégica, as pessoas me ligavam para falar da sexualidade dela. Olha como o tabu é grande. Fui vendedor ambulante, passei fome, quando eu imaginaria que me tornaria exemplo para alguém através do esporte? Incentivo que todos busquem sua felicidade”.

    CAMA DE PAPELÃO CONTRA SEXO. “Quando a pessoa quer fazer alguma coisa ela, faz. Não tem cama de papelão que vai parar mais de dez mil atletas numa vila olímpica. São atletas, pessoas vivas… Quando o (Arthur) Nory estava competindo comigo na Rio 2016, ele ficava o tempo todo sarreando, queria ir para todos os lugares, ver todos os atletas. Eu não, eu fui bem coxinha, estava com 30 anos, queria ficar quieto para descansar. Cada um lida de uma maneira com a vila olímpica, é um lugar muito tentador. A cama de papelão só vai ser amassada, vão fazer um origami com aquilo (risos)”.

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    VIDA NO CIRCO. “Estou no circo Abracadabra, em São José dos Campos. Também sou artista circense, estou fazendo acrobacias no mesmo grau de dificuldades de oito anos atrás, quando ainda competia. É uma oportunidade para me verem fazendo o que nunca parei de fazer. Eu não sou uma pessoa séria como me colocam, sou normal”.

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