Quanto um ex-participante do Big Brother Brasil pode lucrar ao sair do reality? Muito mais do que o 1,5 milhão de reais reservado ao campeão. O céu, neste caso, é o limite – e não só em termos financeiros. Alçados à condição instantânea de celebridades, os ex-brothers que fazem uma boa gestão da carreira conseguem alcançar prestígio profissional a ponto de, com o passar dos anos, serem completamente desvinculados do programa.
Sabrina Sato
A mais nova apresentadora do GNT é um dos melhores exemplos de que existe vida pós-BBB. Muita vida, aliás. Nascida no município de Penápolis, no interior de São Paulo, a musa do carnaval brasileiro já passou pela RedeTV! e pela Band, e atualmente é contratada da Record, onde recebe um salário mensal bem próximo ao 1,5 milhão que o campeão do reality leva para casa. Sua moral é tanta que a emissora topou liberá-la para comandar o “Desapegue se for capaz”, no canal a cabo do Grupo Globo. Quem vê essa lista quase não se lembra daquela japonesinha do BBB3 que chorava pelos quatro cantos atrás do bronco Dhomini.
Grazi Massafera
Participante do BBB5, a ex-Miss Paraná Grazielli Massafera foi conquistando o Brasil com seu jeitinho engraçado e espontâneo até chegar à final do programa. Perdeu somente para o campeão, o culto e politizado Jean Wyllys. O talento revelado por Grazi para a dramaturgia no período pós-BBB foi tanto que ela – tirou onda – chegou a ser indicada para o Emmy, pelo seu papel em Verdades Secretas. Nascida na cidade de Jacarezinho, a cerca de 1000 km de Curitiba, Grazi entrou para o seleto grupo de embaixadoras de uma gigante da indústria da beleza e se tornou um dos grandes nomes da televisão brasileira. Saiu da Globo porque quis depois de 16 anos de ótimos serviços prestados à emissora e está na última rodada de negociações para fechar com uma grande plataforma de streaming. “Não imaginava que ser estrela de reality show muda mais a gente que ganhar concurso de Miss”, disse a atriz, uma das dez mais bem pagas do Brasil no ano de 2021.
Jean Wyllys
Se não conquistou grandes fortunas ou fechou polpudos contratos publicitários, o grande campeão do BBB5 é o único ex-Big Brother que fez sucesso de verdade na carreira política. Cinco anos depois de sair da “casa mais vigiada do Brasil”, o baiano Jean Wyllys foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro, e no pleito seguinte, reelegeu-se: foi o sétimo mais votado. Envolvido principalmente nas causas voltadas para a comunidade LGBTQIA+, ele foi ameaçado de morte e está exilado há três anos no exterior. Doutorando em Ciência Política na Universidade de Barcelona e pesquisador em Harvard, Jean foi classificado em 2015 pela revista britânica The Economist como uma das 50 personalidades que mais lutam pela diversidade no mundo.
Gil do Vigor
Foi por pouco que Gilberto Nogueira, o Gil do Vigor, não foi para a final do BBB21. Ficou em quarto lugar, mas há quem diga que talvez tenha sido melhor assim. O pós-doutorando em Economia não esconde de ninguém: já faturou dez vezes o valor do prêmio, e não é força de expressão. Em seis meses, Gil embolsou mais de 15 milhões de reais só em propagandas de grandes marcas como Santander, Casas Bahia e Ifood, além de ser contratado pela Globo.
Juliette
Com 33,2 milhões de seguidores no Instagram, Juliette Freire virou um case de sucesso quando ainda estava dentro da casa. Foi só sair do confinamento que a campeã da 21ª edição fez o seu prêmio multiplicar. Estima-se que já ganhou 30 vezes o valor com marketing, parcerias e propagandas comerciais. Seu valor de mercado é tanto que um post nas redes pode lhe render até 400 mil reais. A advogada é a ex-BBB mais seguida da história, e já arrancou elogios de Caetano Veloso, fez live com Gilberto Gil e lançou o seu primeiro EP, com quase 6 milhões de reproduções nas primeiras 24 horas.