O Ministério Público do Rio de Janeiro acusou os filhos de Cid Moreira (1927-2024), Rodrigo e Roger Moreira, pelo crime de denunciação caluniosa por supostamente terem feito falsas acusações contra Fátima Sampaio, viúva do jornalista, nesta quinta-feira, 23. O advogado Angelo Carbone, que defende os herdeiros excluídos do testamento do pai, apresentou um habeas corpus, que “visa corrigir constrangimento ilegal sofrido pelos pacientes, decorrente de um indiciamento arbitrário e açodado”.
Segundo a peça: “o inquérito foi instaurado a partir de denúncias dos próprios pacientes, relatando negligência nos cuidados com o falecido Cid Moreira, o qual estava em situação de vulnerabilidade. Posteriormente, sem qualquer justificativa plausível, a linha investigativa foi desviada, passando-se a apurar alegações infundadas de injúria grave contra os próprios denunciantes. Essa mudança abrupta e injustificada constitui desvio de finalidade, em afronta ao devido processo legal, configurando abuso de poder por parte da autoridade policial”. No documento, Carbone também pede a anulação do indiciamento.
No inquérito do Ministério Público, testemunhas apontadas pelos filhos do apresentador acabam por desmenti-los ao serem ouvidos pela polícia. Eles teriam negado ter presenciado qualquer tipo de maus-tratos, como afirmam os filhos de Cid.