Atrizes veteranas soltam o verbo quanto à onda de remakes na TV Globo
Joana Fomm, Susana Vieira, Betty Faria e Renata Sorrah falaram à coluna GENTE
Renascer, Pantanal, Elas por elas… Não são poucos os exemplos de remakes recentes na grade da TV Globo. A emissora ainda prepara mais um, Vale Tudo, para o horário nobre. Porém, em contrapartida, atores opinam sobre essa onda recente que mira na nostalgia. Para a coluna GENTE, atriz Joana Fomm, que esteve em Tieta (1989) dando a vilã Perpetua, diz ser contra os remakes. “Papel que fiz e amei, não quero que ninguém se meta. Não acho bom. Se a novela foi tão marcante assim, vai ser difícil fazer coisa melhor”.
Já Betty Faria posiciona-se ao lado de quem é a favor das refilmagens – e ainda revela que gostaria de ver Juliana Paes como Tieta, papel no qual ficou eternizada, na hipótese de uma nova versão do folhetim de Aguinaldo Silva. “Eu fiz o meu. A minha marca está ali, está guardada. Estou em outra fase da vida, da idade, do meu trabalho e da minha carreira”. Renata Sorrah tem opinião similar a de Betty. A atriz interpretou a inesquecível Heleninha Roitman, filha alcoólatra da vilã, na primeira versão de Vale Tudo, em 1988, e fala sobre a disputa pelo papel à coluna. “Todos os exemplos que vi de atrizes poderiam ser maravilhosas. Todas. E é uma coisa completamente diferente. Quando a gente fez Vale Tudo era ali, aquele momento. Agora é outra coisa. Vão fazer bonito, mas vai ser bom ter a surpresa. Ciúme nenhum!”.
Por outro lado, tal como Joana, Susana Vieira também já declarou que não gostaria de uma nova escalação para Senhora do Destino, onde viveu a heroína Maria do Carmo. “Não gostaria que alguém fizesse o meu papel. Estou tão nova que poderia fazer novamente. Poderia fazer a mãe do Du Moscovis, do Marcelo Anthony. Posso fazer a mãe de quatro filhos. Tenho uma cara suficiente boa, não estou acabada. Tenho um corpinho bonitinho. Por isso não gostaria que ninguém fizesse”.
Do outro lado da tela, o executivo José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, já deu sua opinião sobre exagero de remakes na TV, durante conversa no programa semanal da coluna GENTE no Youtube e no streaming VEJA+. “O remake não é uma coisa nova. Mas tem algumas coisas que não dá para fazer. Nós fizemos um remake de Irmão Coragem e foi um fracasso total, porque era muito ligado àquela época. Quando tem coisas específicas, ou uma grande atuação, não dá para fazer. O remake tem que ter um texto melhor que o original, um elenco superior que o primeiro e, acima de tudo, uma adaptação para a época que vai ser exibido. Vale a pena fazer, vários remakes dão certo, só tem que saber quando, onde e como”.