Antonia Fontenelle (Republicanos), 49 anos, conta que foi sondada por lideranças próximas ao governador Cláudio Castro (PL) para ser sua vice na chapa para o governo do estado do Rio na próxima eleição. Em conversa com VEJA, a atriz diz quais são suas “muitas” bandeiras políticas, como pretende lidar com o apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) sem parecer “puxa-saco” e sua inspiração – britânica – na vida pública.
Como surgiu o convite para ser vice na chapa do governador Cláudio Castro?
Esses convites geralmente partem do partido, creio eu, após uma conversa com o governador, obviamente. Fico lisonjeada com a lembrança e confiança, acho cedo pensar em algo maior. Preciso aprender muito mais, construir meu muro de arrimo. O que posso lhe dizer é que sou pré-candidata a deputada federal pelo Republicanos.
Então o convite não a animou?
Me animou o fato de ter sido o nome pensado, enquanto mulher, para mudar a opinião das outras em relação a ele. Pesquisas apontam que ele não é bem-visto pelas mulheres e jovens, e é uma pena…
Você declara apoio a Bolsonaro. Espera que ele esteja na sua campanha?
Não, eu o apoio e sei que ele me apoia, mas jamais exigirei dele um apoio público, e também não vou usar o nome dele na minha campanha. Preciso chegar lá por mim mesma, me enoja essa gente que fica puxando o saco dele e se fazendo de íntimo para atrair os eleitores dele. Não preciso disso.
Mas você também deve atrair puxa-sacos, não?
Quando fui esposa do Marcos Paulo (diretor da Globo falecido em 2012), eu fiz uma faculdade sobre gente puxa-saco. Estou diplomada já!
Quais suas bandeiras políticas?
São muitas, mas as mais urgentes são voltadas para as crianças, adolescentes e mulheres. Educação, cultura, o combate à violência doméstica e erotização infantil.
Que figura política a inspira?
A dama de ferro (Margareth Thatcher, ex-primeira-ministra britânica)!