Um dos símbolos das comédias blockbuster de Hollywood, Will Smith, 53 anos, tem uma certeza: sua opção pelo humor está diretamente ligada aos horrores testemunhados por ele dentro de casa quando era pequeno. “É impossível ser raivoso, repulsivo ou violento quando você está se dobrando de rir”, diz o ator, que em sua autobiografia, Will, dá detalhes dos atos de violência cometidos pelo seu pai contra sua mãe.
“Meu pai me atormentava. Ele foi uma das maiores bençãos da minha vida e também uma das minhas maiores fontes de sofrimento”, narra ele no livro de memórias que escreveu em parceria com Mark Manson, autor do best-seller A Sutil Arte de Ligar o F*da-se. Em outro trecho, Smith fala sobre suas primeiras conversas, já adulto, com a mãe, sobre os abusos que ele havia testemunhado: “Ela nunca tinha ouvido a minha percepção sobre o que havia acontecido. Então foi realmente catártico (…) Foi brutal”.
Não ficaram de fora da edição assuntos como o desconforto de sua família com a vida de pop star. “Will pensava, com razão, que tinha vencido na loteria a vida: ele alcançara o estrelato e toda a sua família fazia parte do mais alto escalão do mundo do entretenimento. Mas não era bem assim que eles percebiam as coisas. A esposa e os filhos se sentiam atrações no espetáculo de Will, um trabalho em tempo integral para o qual não tinham se candidatado”.
Indicado ao Oscar por ‘Ali’ (2001) e ‘À Procura da Felicidade’ (2006), Smith é casado com Jada Pinkett Smith há 23 anos e os dois são pais de Jaden, de 23, e Willow, de 20 (ele também é pai de Trey, de 28, fruto de seu primeiro casamento, com Sheree Zampino).
Cercada de expectativa, a biografia vai ser lançado simultaneamente em mais de 100 países no próximo dia 9 de novembro – no Brasil, ela sai pela editora BestSeller. No mesmo mês, Smith estará nos cinemas como o protagonista de ‘King Richard: Criando Campeãs’, cinebiografia do pai das tenistas Venus e Serena Williams.