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A sommelier que quer dominar o mundo com vinhos argentinos

Paz Levinson lembra trajetória profissional e fala sobre curiosidades da profissão, festejada nesta quinta-feira, 29

Por Nara Boechat 29 ago 2024, 10h00

Há profissionais que tornam a experiência do vinho em arte. Paz Levinson, 46 anos, é um exemplo disso. Nascida em Bariloche, na Argentina, e atualmente morando em Paris, ela é Chefe Sommelière Executiva do Grupo Pic, sendo a primeira mulher a liderar a seleção de bebidas de um restaurante com três Estrelas Michelin. No Dia do Sommelier, celebrado nesta quinta-feira, 29, a coluna GENTE conversa com a premiada embaixadora do vinho argentino. Ela lembra sua trajetória até se tornar uma das maiores sommeliers do mundo, dá dicas para os amantes de um bom vinho e revela detalhes do projeto que criou para promover a bebida do seu país pelo mundo.

O que despertou seu interesse por vinhos? Em 2003, comecei a trabalhar no restaurante Resto, em Buenos Aires, quando conheci María Barrutia e Federico Leonardo. Ali comecei a lavar copos e aprender sobre vinhos, fui gradualmente me interessando. Gostei de começar pelo trabalho, porque assim já sabia bem como era a carreira quando iniciei os estudos. E não me assustei com o que é ser sommelier: passar muitas horas em pé, fazer o serviço, conhecer os pratos perfeitamente, fazer harmonizações…  

Quais foram os momentos mais marcantes da sua trajetória, desde o início da sua formação até o reconhecimento no mercado? Acredito que ganhar o prêmio de melhor sommelier da Argentina foi um deles. A primeira vez em 2010, depois em 2014. Ir ao Brasil em 2012, ficar em quarto lugar e me classificar para o Mundial também foi importante. Depois, tomar a decisão de me mudar para a China e depois para a França no final de 2012 foi crucial, tanto para aprender outro idioma quanto para viajar e provar muitos vinhos do mundo. Fui semifinalista em 2013, no Mundial de Tóquio, foi uma das primeiras vezes que um latino-americano chegou a uma semifinal em um concurso de melhor sommelier do mundo.  

Como você descreveria seu estilo ao recomendar vinhos? Sou muito discreta no serviço, gosto da elegância. Gosto de dizer o necessário sobre cada vinho e, se o cliente quiser saber mais, explicar mais. Gosto de selecionar vinhos que sejam elegantes, precisos, que tenham uma mensagem, que tenham algo a dizer, e que também se harmonizem bem.

Como o ambiente onde você cresceu influencia sua escolha de vinhos? Acredito que desde que moro na França, meu paladar mudou, me aproximei mais dos vinhos latino-americanos. Tenho interesse em não me desconectar deles. Mas também desenvolvi uma perspectiva talvez um pouco mais europeia sobre o que procuro em cada Domaine, em cada vinho, qual a mensagem que o vinho deve ter, que coerência, que apresentação, que tipo de garrafa. Agora estou muito mais alerta a diferentes abordagens e estilos de vinho.

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Que conselhos você daria para alguém que deseja aprimorar o paladar sobre vinhos?  Esteja sempre atento ao que acontece no nível do nariz e na boca, principalmente que reserve aqueles segundos extras para sentir o vinho ou o que estiverem provando com o olfato, sem deixá-lo de lado, e lembrar que isso é algo importante. Também sentir todos os aromas que encontramos na vida, estar atentos ao olfato e desenvolvê-lo. Além disso, faça amizade com algum enólogo, alguma loja onde vendem vinho.

E o que costuma dizer a quem está começando na carreira de sommelier? O ideal é que comece a trabalhar em um restaurante e veja se realmente gosta do serviço. Para a formação e carreira de sommelier, é importante ter 10 ou 15 anos de serviço contínuo.  

Qual é a ideia por trás do seu projeto Argentina Reloaded? A ideia é levar os vinhos da Argentina para o mundo e combiná-los com gastronomias locais. Às vezes, clientes esperam ir a um restaurante argentino para provar vinho local. A ideia do Argentina Reloaded é ir contra isso. Ou seja, a ideia é, sobretudo, que todos os restaurantes, não importa se argentinos ou não, tenham vinho argentino em sua carta. Por isso, mostramos em restaurantes com uma, duas ou três estrelas como nosso vinho argetino funciona com seus pratos, seja comida escandinava, francesa ou eslovena. 

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