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Cultura

A revolta de Trump com retorno de programa de Jimmy Kimmel

Atração da ABC foi suspensa após comentários sobre Charlie Kirk

Por Nara Boechat SEGUIR SEGUINDO 24 set 2025, 12h47

Jimmy Kimmel e Donald Trump (ABC/Divulgação/ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se revoltou com a notícia do retorno do programa de Jimmy Kimmel na ABC, Jimmy Kimmel Live!. O talk show, um dos mais tradicionais do país, foi tirado do ar na semana passada após um comentário do apresentador sobre a morte do ativista republicano Charlie Kirk durante o monólogo que abre a atração. Em uma publicação na rede social Truth Social, nesta terça-feira, 23, pouco antes de o programa começar, Trump disparou críticas contra a emissora. “Não consigo acreditar que a ABC Fake News devolveu o emprego ao Jimmy Kimmel. A Casa Branca foi informada pela ABC de que o programa dele tinha sido cancelado! Algo aconteceu entre aquele momento e agora, porque a audiência dele sumiu, e seu ‘talento’ nunca existiu”, afirmou Trump.

Ainda na publicação, o presidente norte-americano deixou no ar a possibilidade de entrar na Justiça contra a emissora ao acusar Kimmel de ser “um braço do partido democrata” e fazer “contribuições ilegais de campanha” a rivais políticos, o que seria motivo de processo, segundo o magnata. “Acho que vamos testar a ABC nisso. Vamos ver como nos saímos. Da última vez que fui atrás deles, eles me deram US$16 milhões. Este aqui parece ainda mais lucrativo. Um verdadeiro bando de perdedores. Deixem Jimmy Kimmel apodrecer com suas péssimas audiências”, finalizou.

Em seu retorno, Jimmy Kimmel afirmou o monólogo inicial que não teve a intenção de “menosprezar o assassinato de um jovem” ou apontar culpados. No entanto, criticou Trump ao citar os ataques do presidente à imprensa e ameaças a emissoras. “Sei que não é tão interessante quanto amordaçar um comediante, mas é muito importante ter uma imprensa livre, e é uma loucura não estarmos prestando mais atenção a isso. É importante viver em um país em que esse programa possa existir”, disse.