A repercussão internacional do plano para matar Lula
'The Guardian', 'New York Times' e 'El País' publicaram matérias sobre o complô
A operação da Polícia Federal contra uma organização criminosa que planejou a morte Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes não foi só assunto para a imprensa nacional – tornou-se matéria nos mais renomados jornais internacionais. Nesta terça-feira, 19, cincos suspeitos de elaborar o plano foram presos, dentre eles quatro militares do Exército e um policial federal. As prisões fazem parte da Operação Contragolpe, que identificou um “detalhado planejamento operacional” nomeado de “Punhal Verde e Amarelo” e que seria executado em 15 de dezembro de 2022.
O The New York Times, um dos mais renomados jornais americanos, publicou a notícia de que Lula foi alvo de uma tentativa de assassinato e relembrou que o ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), não reconheceu oficialmente os resultados das eleições. O complô, segundo períodico, foi uma tentativa de “manter no poder o mandatário de extrema direita em exercício, Jair Bolsonaro”. Um dos advogados de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, falou com o veículo e afirmou que o ex-líder “nunca esteve de acordo, nem nunca participou de nenhum tipo de plano desta natureza”. Eles também escreveram sobre os acampamentos feitos pelos aliados em frente aos quartéis para protestar contra a vitória do petista.
O The Guardian estampou uma grande matéria sobre o caso. Além de detalhar o plano de assassinar Lula, Alckmin e Moraes, o jornal britânico lembrou da tentativa de assassinato do ministro do Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira, 14, em um atentado com bombas na Praça dos Três Poderes.
O espanhol El País se diferiu dos outros veículos e trouxe o nome de Bolsonaro logo na manchete – a reportagem lembrou que um dos presos, Mário Fernandes, era de um alto cargo durante o mandato do ex-presidente. Eles ainda informaram que um dos suspeitos foi preso no Rio de Janeiro, onde Lula esteve nos últimos dias participando da Cúpula do G20.
Já a BBC ressaltou que essa é a primeira vez que a polícia revela a tentativa de assassinato, mesmo com outras investigações sendo feitas sobre tentativa de golpe para que Lula não subisse na rampa do Planalto – além de citar o atentado de 8 de janeiro.
O Clarín, jornal argentino, trouxe a informação logo abaixo título de que parte dos presos era membro da segurança do G20.