Depois de décadas atuando, Gloria Pires, 61 anos, resolveu se embrenhar pelo terreno da direção — e mal imaginava ela quão dura seria a labuta, dia após dia, para colocar um filme de pé. “É excesso de trabalho, cansaço, falta de sono, expectativa”, lista ela, garantindo que, apesar de tudo o que a chacoalhada na carreira envolve, anda feliz com as gravações de Sexa, já em fase de finalização, que percorre os mais variados cenários cariocas. Autora do roteiro, ela também escalou-se como protagonista, uma sexagenária que se apaixona na trama por um homem 25 anos mais jovem. “Brigar contra o preconceito em torno da idade é uma de minhas batalhas. Trato do etarismo com humor e emoção”, diz Gloria, que vem agitando bandeira.
Com reportagem de Giovanna Fraguito e Nara Boechat
Publicado em VEJA de 1º de novembro de 2024, edição nº 2917