A ironia de Alexandre de Moraes na multa dada a partido de Bolsonaro
Ministro penalizou o Partido Liberal na quarta-feira, 23

Na atual conjuntura política, Alexandre de Moraes virou o nêmeses de Jair Bolsonaro (PL) e de seus apoiadores. Na terça-feira, 22, Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal (PL), enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um relatório no qual pedia a anulação de mais de 250 mil urnas, as quais alegou não funcionarem de forma correta. Essa não é a primeira – e talvez não seja a última – vez em que o partido do atual presidente tenta desacreditar o processo democrático que elegeu Lula (PT) como presidente no último pleito.
Em resposta relâmpago, Alexandre de Moraes, presidente do TSE, exigiu que o PL entregasse um relatório com dados do “mal funcionamento” das urnas também no primeiro turno, análise ausente no primeiro documento enviado à Corte. Vinte e quatro horas se passaram e nada. Dado isso, o ministro multou, sob prerrogativa de má-fé, a coligação de Bolsonaro e Valdemar Costa Neto em mais de 22 milhões de reais, além de ter suspendido o fundo partidário das legendas da coligação.
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De qualquer modo, a penalização soa de forma irônica, já que a multa ao partido remete ao número representado por Bolsonaro nas urnas, o 22. Uma baita coincidência.
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