A implicância de Carlos Bolsonaro com possível taxação de biscoitos
Manifesto pede que produtos ultraprocessados sejam alvo do imposto seletivo (IS) na reforma tributária
Com assinaturas dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta, Arthur Chioro e José Temporão, e famosos como o médico e escritor Drauzio Varella e a chef de cozinha e apresentadora Bela Gil, um manifesto pede que produtos ultraprocessados sejam alvo do imposto seletivo (IS) na reforma tributária. O documento defende que o Brasil vive um momento de “crescimento alarmante” dos indicadores de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes e câncer, que têm como uma de suas principais causas a alimentação não saudável. O texto defende que a reforma atue em “duas frentes”. Uma delas é o incentivo à alimentação saudável, com alimentos como arroz, feijão, frutas, legumes e grãos. Isso deve ocorrer pela criação da cesta básica nacional de alimentos, que terá alíquota zero. De outro, desincentivar, por meio do imposto seletivo, os produtos ultraprocessados.
No X, Carlos Bolsonaro, segundo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, reclamou da possível taxação. “Obviamente cuidar da alimentação é algo primordial tanto quanto não obrigarem você a fazer algo que não queira (estado/oligopólios). Em mais um exemplo das derivações do contexto ESG mais tributações vão sendo ‘propostas’ e mais imposições vão sendo feitas ao indivíduo com cada vez menos liberdade de escolha. Não trata-se de achar, são apenas fatos e no fim quem paga por tudo isso é você, até chegar no ponto em que os mesmos que defendem determinado ‘regramento geral’ serão obrigados a aceitar o que antes não o atingia. A isso chamamos de novo socialismo. Conscientização é algo totalmente diferente de imposição e eles sabem disso”, escreveu.