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A comparação de Luciano Hang com Edson Celulari em ‘Fuzuê’

Ator interpreta Nero, empresário exótico dono de uma loja de departamentos

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 Maio 2024, 20h55 - Publicado em 27 set 2023, 07h01
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  • Dono de uma loja de departamentos que vende de tudo – de carro popular a jarras de plástico em formato de abacaxi, Nero (personagem de Edson Celulari) em Fuzuê pode, num primeiro momento lembrar um empresário da vida real bastante polêmico: Luciano Hang, da rede Havan. Mas a comparação vai até, no máximo, a cor verde do terno que ambos costumam usar. O ator diz que seu personagem é mais popular, veio da feira, tem uma pegada romântica. A seguir, o bate-papo de Celulari com a coluna.

    Estava com saudade de fazer novela das 7? Adoro fazer novela, e esta é diferenciada por ser extremamente alegre. Lembra as novelas que o Jorginho (Jorge Fernando) dirigia, que o Silvio (de Abreu) escrevia, tem um tom meio musical, humor, leveza, ao mesmo tempo tem romance, suspense e caça ao tesouro. A gente está fazendo com muita paixão. É um elenco pequeno, concentrado.

    Você gosta de assistir às suas cenas? Já tem alguns trabalhos, que não vejo a revisão. Normalmente via, eles revisavam a cena e assistia também, tinha uma ideia, agora não vejo nada.

    Está trabalhando com elenco jovem. Tem paciência para quem está começando? Se eles soubessem o quanto a gente aprende com eles, né? Essa troca de energia, não só de gerações diferentes, com experiências diferentes, é maravilhosa. Temos um elenco preto maravilhoso presente também na história, é um diferencial da novela, tudo junto e misturado. Todos nós aprendemos, somos generosos a oferecer aquilo que a gente sabe.

    Vai na fé foi um sucesso. Como você encara a comparação? Encaro como sorte, já pensou se a gente estreasse depois de um projeto que não tinha funcionado? E é um personagem extremamente complexo. Ao mesmo tempo que ama a família, ele briga. E diz: ‘criei a Fuzuê, era feirante e vocês já pegaram a fruta colhida’. Tem muitos assuntos, temas e complexidade dão qualidade ao personagem.

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    Onde foi buscar esse personagem popular? O Nero veio da feira, adoro feira, até os meus 13 anos morei na zona rural de Bauru, minha cidade. E tem uma feira onde moro aqui no Rio. Sou amigo de todos os feirantes. Estou aprendendo com eles as frases, a maneira como eles tratam o cliente… Não é cliente, é freguês, eles conhecem a família inteira. Um deles sempre pergunta: ‘Como está a sua avó? Saiu do hospital? Como está o filho?’. Esse tipo de comércio humanizado é maravilhoso. Tenho que desenhar o personagem dessa forma.

    Buscou referência em algum empresário da vida real? Há relação com o Luciano Hang? Não, de forma alguma. Procurei somente na feira. Empresários conheço um pouco. Tive que construir a base desse homem simples, surgindo em camadas. O texto trouxe informações.

    Você pechincha na feira, sabe os preços dos produtos? Isso é fundamental, você ir a uma feira e não barganhar, não tem graça. Em outros países, na Índia por exemplo, na própria China, se você compra e paga o que o cara está pedindo de cara, ele nem te vende. Essa parte da negociação se vê muito na feira, né?

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    Qual é o maior fuzuê da sua vida? Nesse momento é minha filha, de um ano e cinco meses. Ela quer bagunçar tudo! A minha casa atualmente é um verdadeiro fuzuê por causa da Chiara.

     

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