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A chef que virou sinônimo de ‘boa mesa’ em Paraty

Ana Bueno foi pioneira em projetos que revitalizaram a gastronomia da região

Por Mafê Firpo, Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 out 2024, 09h00

Quando, aos 17 anos, saiu de São José dos Campos, interior de São Paulo, para morar em Paraty, no sul-fluminense, Ana Bueno, hoje com 53 anos, não imaginava que conseguiria chegar tão longe “apenas” cozinhando. A decisão de se mudar foi depois de uma viagem que fez e se encantou com o local – patrimônio histórico da humanidade, reconhecido pela UNESCO. “Me encontrei aqui, parecia que pertencia a esse lugar, me identificava muito com a cultura local”, lembra. Para sobreviver, Ana relembrou receitas antigas de casa e começou a fazê-las como forma de sustento. “A vida me colocou na cozinha, onde sou muito feliz por cozinhar, por ter meus restaurantes e fazer isso tudo acontecer”. Hoje, a chef, que já viajou o mundo inteiro e estudou gastronomia nos melhores cursos, como Le Corden Bleu, de Paris e no ICIF, da Itália, se tornou voz ativa na cidade e reconfigurou toda a produção local. Virou sinônimo de boa mesa por aquelas bandas.

O início desse caminhar começou em 2003, quando realizou pela primeira vez o simpósio Fólia Gastronomia, reunindo chefs de todo o Brasil. “Era um momento de formação da cozinha brasileira, os chefs brasileiros ainda estavam se fortalecendo”, conta. Para ela, essa troca foi fundamental para a cozinha local, não só pela visibilidade, mas também para aprender com o olhar diferente, assim como fez em suas viagens a estudo. “Quando você tem técnica, quando conhece outras cozinhas, outras culturas, isso muda qualquer pessoa. Para a base do meu conhecimento dentro da culinária, foi muito bom”, diz.

Dona do Banana da Terra, referência gastronômica em Paraty, Ana começou no restaurante quando ele ainda era dos pais de seu então namorado, atual marido, o Casé. Na época, trabalhava como repórter em uma TV local. “Sabia que gostava de cozinhar e ele falou para eu sair da TV e ir trabalhar no Banana da Terra com ele. Nunca tinha pensado nisso antes, estava feliz no jornalismo”. Hoje, a casa é um eixo para diversos outros projetos, como Escola Comer, onde Ana melhorou as merendas escolares colocando mais variedades de nutrientes. “A gente reavivou a agricultura local com a compra de insumos dos produtores da região para a merenda escolar, no início tínhamos seis produtores e hoje são mais de 150″, contabiliza.

Seus esforços com a cidade foram reconhecidos no boca a boca, além do vai e vem de turistas que se multiplicam pelas calçadas de pedras tortas do charmoso centro histórico em épocas de eventos – como agora, com a FLIP. “Me sinto muito amada, gostam e respeitam tudo que conquistei”, comemora ela, que, por suas atividades de melhoria e diversificação da cozinha, fez com que Paraty recebesse o título de Cidade Criativa da Gastronomia pela Unesco em 2017. “Esse título tem muito a ver com esse trabalho, da Folia Gastronômica, da Escola de Comer, da atuação dos produtores locais… Tudo isso foi importante pelo dossiê”.

Atenta sempre a novos projetos, Ana também abriu outros dois estabelecimentos, a Casa Paritiana e o Café Paraty. Além disso, planeja lançar um segundo livro – o primeiro, Culinária Caiçara (ed. Dialeto), publicado em 2007, reuniu receitas próprias. Desta vez, além de contar a história da gastronomia local, a chef vai relatar sua trajetória e inspiração que a fizeram chegar longe com seus aromas que fazem história num local que respira, veja só, história. 

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