Recorte da pesquisa Genial/Quaest exclusivo para VEJA revela que 43% dos eleitores de Bolsonaro e 34% dos eleitores evangélicos acreditam que o candidato Lula da Silva pretende fechar as igrejas caso seja eleito. Entre o público geral, 20% acham que uma vitória do PT significa uma ofensiva contra a liberdade religiosa. A mentira tem sido propagada há meses em cultos e, como mostra a pesquisa, virou verdade para milhões de pessoas.
A força do boato indica o tamanho da resistência dos evangélicos contra Lula. 42% dos entrevistados disseram já ter ouvido falar da farsa. Ela foi mais disseminada entre os eleitores bolsonaristas (62%) e evangélicos (61%). Entre os eleitores católicos, 14% acreditam na história, diz a pesquisa. Os evangélicos são 30% dos entrevistados da Genial/Quaest.
O voto evangélico é uma das três principais variáveis desta eleição, junto com os das mulheres e dos mais pobres. Nestes dois agrupamentos, Lula lidera com folga. Entre os evangélicos, a vantagem é de Bolsonaro.
Na mesma amostra Genial/Quaest, Lula tem apenas 28% das intenções de votos entre os evangélicos, ante 50% de Bolsonaro. No geral, Lula lidera com 44% a 34%. A campanha do PT tem tentado reduzir a rejeição de Lula junto aos evangélicos sem sucesso. A força dos boatos explica essa resistência.