Assine VEJA por R$2,00/semana
Thomas Traumann Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
Continua após publicidade

O que Lula diz e o que Lula faz

Presidente recicla promessas antigas, mas mantém salário mínimo em R$ 1.302

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 jan 2023, 16h57 - Publicado em 18 jan 2023, 15h53
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Na reunião desta quarta-feira com as centrais sindicais, o presidente Lula da Silva fez um ilusionismo, a performance do mágico de entreter o público com uma ação espantosa com uma mão, enquanto a outra mão faz o truque real. Na reunião, Lula disse aos sindicalistas que (1) eles definirão juntos as regras de reajuste do salário mínimo a partir do ano que vem; e que (2) ressuscitou a promessa de campanha de aumentar a isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil.

    Publicidade

    Os sindicalistas aplaudiram e o mercado entrou em parafuso. O dólar, que estava cotado em R$ 5,07 antes do discurso do presidente, subiu para R$ 5,15 em dez minutos.

    Publicidade

    Na fala, Lula voltou ao mantra de que o seu governo é para os mais pobres: “A verdade é que o pobre de hoje, que ganha R$ 3 mil, proporcionalmente ele paga mais do que alguém que ganha R$ 100 mil. Até porque quem ganha muito paga pouco. Quem ganha muito recebe como dividendo, recebe como lucro, como qualquer coisa para pagar pouco imposto de renda”, discursou.

    Pura fumaça. A promessa sobre o reajuste das alíquotas de imposto de renda foram feitas várias vezes na campanha, mas ainda não tem definição. O plano mais provável prevê que nada será mudado no pagamento do imposto deste ano e que as mudanças serão progressivas até 2026.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Sobre o salário mínimo, as centrais foram ao presidente para pedir que o novo valor fosse de pelo menos R$ 1.340. Lula negou. Disse que o valor atual, de R$ 1.302, será mantido pelo menos até maio e que a definição só será dada em abril, depois de o Ministério da Previdência apresentar um cálculo atualizado dos gastos sobre as aposentadorias concedidas às pressas no fim do governo Bolsonaro. A possibilidade mais provável que dar um aumento para R$ 1.320, como foi anunciado pelo ministro Wellington Dias ainda em novembro, significa que o governo terá de cortar cerca de R$ 9 bilhões de gastos nos ministérios.

    Lula fez um discurso populista, mas nenhuma ação nova foi tomada.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.