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Thomas Traumann

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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
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O curinga de Lula

Candidato em SP, Fernando Haddad se tornou figura essencial da campanha presidencial

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 jul 2022, 13h42 - Publicado em 5 jul 2022, 15h13

A maior revelação da campanha de Lula da Silva é o papel de curinga do ex-prefeito Fernando Haddad. Ele foi o principal responsável pela aproximação de Lula com seu antigo adversário e agora candidato a vice Geraldo Alckmin; é quem está quebrando as resistências para um apoio explícito de Marina Silva ao PT; foi um dos organizadores do principal jantar do candidato petista com empresários na casa do presidente do Insper, Paulo Haddad; e, por último, mas não em último lugar, é o primeiro candidato do PT com chances reais de ganhar o governo de São Paulo.

Haddad lidera a corrida em São Paulo com 34% ante 13% do governador Rodrigo Garcia e do ex-ministro bolsonarista Tarcísio de Freitas, segundo o Datafolha. O antipetismo é forte em São Paulo e é provável que, num eventual segundo turno, os eleitores de Garcia e Freitas se juntem contra Haddad. Mesmo assim, nunca o PT paulista partiu de uma aliança tão ampla. Haddad terá o apoio de Geraldo Alckmin, popular no interior, do ex-governador Márcio França como candidato a senador, do PSOL de Guilherme Boullos e da Rede de Marina Silva. É o oposto do que ocorreu em 2018 quando Haddad foi candidato a presidente com o apoio minguado do PCdoB.

Haddad tem um papel maior que sua campanha a governador. Ele passou a ser um dos raros interlocutores de Lula que fala em nome do presidente com políticos e empresários sem usar um disclaimer de que está apenas dando uma opinião pessoal. Ganhando, Haddad será o governador mais importante do país. Perdendo, mas com Lula no Planalto, Haddad terá um papel central, seja como ministro, seja sugerindo nomes.

Lula só venceu no Estado de São Paulo em 2002, no auge da impopularidade de FHC, quando o voto petista ainda se concentrava entre os mais escolarizados e da classe média. A partir de 2006, quando o PT se transformou no partido dos mais pobres, São Paulo se tornou uma derrota certa para os petistas. Perderam em 2006 para Alckmin, em 2010 para José Serra e em 2014 para Aécio Neves. No segundo turno de 2018, Bolsonaro venceu Haddad em 631 das 645 cidades do estado, com um total de 70% dos votos válidos.

Nesta campanha, no entanto, Lula lidera em São Paulo com 50% dos votos válidos, segundo pesquisa Datafolha. Se mantiver esse índice no Estado de São Paulo, Lula pode vencer a eleição presidencial no primeiro turno. O sucesso da campanha de Fernando Haddad é parte intrínseca deste plano.

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