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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
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O 7% do Sete de Setembro

Pesquisa Quaest mostra que minoria radical pretende ir às ruas e apoiar Bolsonaro no momento de maior rejeição do governo

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 set 2021, 10h37 - Publicado em 1 set 2021, 10h29

Pesquisa Quaest divulgada hoje mostra que 7% dos eleitores pretendem ir às ruas no Sete de Setembro para mostrar apoio incondicional ao presidente Jair Bolsonaro. Em termos quantitativos é um mundaréu de 10 milhões de pessoas, mais do que as maiores manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2015 e 2016. Mas uma análise global da pesquisa indica que nunca tantos brasileiros tiveram tanta ojeriza contra Bolsonaro como agora.

Apesar do intenso trabalho de Bolsonaro nos seus discursos e postagens nas redes sociais, apenas 44% dos entrevistados disseram saber das manifestações da próxima semana. Perguntados pela Quaest se pretendiam ir aos atos, 87% disseram não. Dos 11% que disseram sim, parte prometeu ir, mas para protestar contra Bolsonaro. Cálculo feito pelo diretor da Quaest, Felipe Nunes, mostrou que os protestantes bolsonaristas são 7%.

Se todos esses 7% forem às ruas, será um número expressivo. O impacto de milhões de pessoas reunidas seja na avenida Paulista, na Praça dos Três Poderes ou na Avenida Copacabana é real, mas a pesquisa também mostra que o apoio ao presidente é cada vez mais frágil. É como se as ruas fossem a última bala na agulha da munição de Bolsonaro. Se o movimento golpista de 7 de Setembro falhar, o seu governo politicamente acaba.

A fragilidade de Bolsonaro pode ser analisada nos seguintes pontos captados pelo levantamento da Quaest, encomendado pelo banco Genial:

· 48% dos brasileiros avaliam negativamente o governo Bolsonaro. No Nordeste, são 59% de rejeição. Até mesmo eleitores que votaram em Bolsonaro em 2018 estão desapontados: 19% hoje acham o governo ruim e menos da metade tem avaliação positiva.

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· Com o avanço da vacinação contra Covid, a economia voltou a ser considerado um grande problema. Na pesquisa de agosto, 36% achavam que a saúde era o maior problema do País. Agora são 28%. Em compensação, a preocupação com a economia em um mês cresceu de 13% para 21%.

· A gestão Paulo Guedes mostra a sua conta: 68% consideram que a economia do Brasil piorou no último ano; 65% acham que a inflação vai aumentar nos próximos meses e a porcentagem dos que acham que a economia vai piorar subiu de 25% para 32%.

· O saldo eleitoral de tanta rejeição é, naturalmente, ruim para Bolsonaro. Ele perde para Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro turno (o petista chega a 53% dos votos válidos no cenário mais provável). 62% dos brasileiros dizem que não votariam em Bolsonaro em hipótese nenhuma.

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