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Thomas Traumann Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
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Nada mudou nas pesquisas e esta é uma boa notícia para Lula

Eleitor pode estar se acomodando com a vitória de ex-presidente, diz pesquisador

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 jan 2022, 18h58 - Publicado em 14 jan 2022, 14h38
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  • Existe uma máxima no jornalismo de que sem novidade, não tem notícia. Errado. Duas novas pesquisas divulgadas na quinta (13) e sexta-feira (15) mostram que o cenário eleitoral de janeiro é similar ao de dezembro que, por sua vez, já era parecido com o de novembro. E esta estabilidade nos indicadores é a força política mais importante deste início de ano. Primeiro vamos aos números:

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    Pesquisa Ideia/Exame

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    Estimulada

    Lula 41(+4 pontos percentuais)

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    Bolsonaro 24 (- 3 pp)

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    Moro 11 (-1 pp)

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    Ciro 7 (+1pp)

    Pesquisa Ipespe/XP

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    Lula 44% (igual)

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    Bolso 29% (igual)

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    Moro 9% (igual)

    Ciro 7% (igual)

    A oscilação dos números dentro da margem de erro ou a sua repetição desde que Sergio Moro entrou na disputa mostra que o eleitorado está se acostumando a um quadro: Lula lidera com grande vantagem com mais de 40% dos votos; Bolsonaro tem um piso de 20% e nenhum dos terceiros nomes deslanchou. Em novembro, podia-se argumentar que este era um quadro que poderia sofrer muitas mudanças até as eleições. Em dezembro, que ainda faltavam dez meses para as eleições. Bem, agora faltam nove meses e não há nada (repito nada) que aponte que as pesquisas são mudar até abril ou até depois disso. A estabilidade do quadro só favorece um candidato, Lula da Silva.

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    “O eleitor está se acomodando com a possibilidade de o Lula voltar a ser presidente”, analisa Maurício Moura, da Ideia. “Existe cerca de 20% do eleitorado que não é ideológico. Ele já votou no Lula, já votou no Bolsonaro e, agora, rejeita esse governo. Ele quer mudar. Ele olha e a única opção viável da oposição é o Lula, então ele vai de Lula”.

    “A estabilidade favorece o Lula, que está com sua rejeição em baixa e ampliou sua vantagem em um eventual segundo turno contra o Bolsonaro”, diz Antonio Lavareda, do Ipespe.

    Esse vento favorável a Lula pode ser visto em outro dado das pesquisas, quando os entrevistados são perguntados quem são os seus candidatos sem a apresentação dos nomes. Nessa pesquisa espontânea, o resultado é

    Ideia

    Lula 34%

    Bolso 20%

    Ciro 4%

    Moro 4%

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    Ipespe

    Lula 35%

    Bolso 25%

    Moro 4%

    Ciro 3%

    “A intenção de voto espontânea de Lula tem evoluído em regiões como Centro-Oeste, tem se fortalecido no Sudeste e até mesmo há saldos positivos em subsegmentos tradicionalmente aliados a Bolsonaro, como o dos evangélicos”, disse Moura.

    O Ipespe analisou ainda a possibilidade da chamada “terceira via” (Sergio Moro e João Doria) se unirem. O resultado foi nulo, com os números oscilando na margem de erro. Perguntados pelo Ipespe quem eles acham que seria eleito, 58% dos eleitores responderam Lula, 28% Bolsonaro e apenas 3% Sergio Moro. “O eleitor não enxerga viabilidade nos demais candidatos”, afirmou Lavareda.

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