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Thomas Traumann

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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
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Lula diz que se eleito renuncia à reeleição

Ex-presidente abre caminho para apoiadores em 2026

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 out 2022, 13h12 - Publicado em 25 out 2022, 11h55
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  • Brazilian former President (2003-2010) and presidential candidate for the leftist Workers Party (PT), Luiz Inacio Lula da Silva, speaks during a press conference in Sao Paulo, Brazil, on October 24, 2022. - Veteran leftist Luiz Inacio Lula da Silva said he is keeping an eye on poll numbers showing his lead narrowing over far-right incumbent Jair Bolsonaro for Brazil's October 30 presidential runoff but is confident he will win. (Photo by Miguel Schincariol / AFP)
    Se eleito para um terceiro mandato, Lula diz que não tentará a reeleição em 2026 - (Miguel Schincariol/AFP)

    Em um tuíte postado às 8h21 desta terça-feira, 25, o ex-presidente Lula da Silva apresentou a sua melhor cartada na tentativa de vencer as eleições de domingo. “Eu se eleito serei um presidente de um mandato só”, afirmou Lula, que na quinta-feira completa 77 anos. O anúncio pode ter consequências imediatas no resultado eleitoral e com certeza terá repercussões de médio prazo na formação de um eventual novo governo Lula.

    Diz-se em Brasília que política é expectativa. A eleição de hoje é a construção da próxima e todo político precisa de um projeto como um rio precisa de pontes. Candidato a presidente pela sexta vez em 33 anos, presidente por oito anos, Lula várias vezes foi acusado de impedir o surgimento de lideranças novas e fomentar um culto à personalidade dentro do PT e da esquerda. Verdade ou não, o tuíte diz que o período Lula na política tem prazo para acabar.

    A decisão tem efeitos diretos nos apoios já obtidos por Lula. Geraldo Alckmin (PSB), Fernando Haddad (PT), Simone Tebet (MDB), Marina Silva (Rede) já foram candidatos a presidente e podem estar todos num eventual governo Lula 3 sem ter de repensar seus planos para 2026.

    A ideia de um time de rivais foi explanada pelo próprio Lula em evento na PUC paulista na segunda-feira à noite. “Nosso governo não será um governo do PT. É importante, Gleisi (Hoffmann), você que é presidente (do PT), saiba: nós precisamos fazer um governo além do PT. Tem muita gente que nunca foi do PT e participou do meu governo. E vai ser assim. Não será um governo do PT, será um governo do povo brasileiro”, disse Lula, no discurso.

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    Sem Lula no páreo, a disputa de 2026 fica aberta. O temor de um peronismo petista fica sem sentido e um eventual novo governo Lula pode iniciar sem uma polarização dentro das forças que o apoiaram.

    O novo quadro também interessa para os candidatos a herdeiros do bolsonarismo, como o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), e o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos). No bolsonarismo raiz, a possível reeleição de Bolsonaro é dada como o início para uma mudança constitucional para um terceiro mandato ao presidente. Mesmo nomes neutros, como o ex-governador Eduardo Leite (PSDB), podem ver a promessa de Lula como a oportunidade de uma nova chance. 

    Muitos candidatos prometeram não se candidatar à reeleição. Bolsonaro, por exemplo, passou a campanha de 2018 inteira dizendo que seria presidente de um mandato só e mudou de ideia assim que tomou posse. No caso atual, no entanto, a decisão faz sentido. Lula terá 81 anos se completar um terceiro mandato. A aposentadoria soa natural por questões de saúde e da própria dificuldade eleitoral que o ex-presidente sofre neste segundo turno.

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