Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

Thomas Traumann

Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
Continua após publicidade

Depois do 7 de Setembro, Bolsonaro radicaliza o antipetismo

Programa de TV deixa obras de governo e foca em ataques a Lula

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 set 2022, 12h29 - Publicado em 8 set 2022, 12h12
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O presidente Jair Bolsonaro organizou os comícios de 7 de Setembro em Brasília e Rio de Janeiro com quatro intenções:

    1. Fazer uma demonstração de força junto ao seu próprio eleitorado, desanimado com a demora do candidato em subir nas pesquisas de agosto

    2. Produzir as imagens para o programa de TV com dezenas de milhares de apoiadores

    3. Exibir para o público que as Forças Armadas estão do seu lado

    4. Conseguir mídia de graça, com as TVs e jornais gastando horas debatendo apenas o que ele estava fazendo e ignorando os demais candidatos.

    Continua após a publicidade

    Ele conseguiu tudo isso. Agora vem a próxima fase.

    Nos meses de junho, julho e agosto, o filho mais velho do presidente, senador Flávio Bolsonaro, foi o porta-voz da tese de que a campanha deveria privilegiar os feitos do governo. Pesquisas qualitativas e quantitativas mostraram que a maioria dos eleitores era incapaz de citar obras realizadas nos últimos 3 anos e que essa percepção dava a Lula uma vantagem gigante na comparação dos dois governos. Por isso, os primeiros programas da campanha priorizaram a distribuição do Auxílio de R$ 600 e as obras no rio São Francisco, além de reforçar a identificação do candidato com os evangélicos.

    Essa tática acabou na véspera do Sete de Setembro. Com os indicadores de Bolsonaro crescendo lentamente nas pesquisas e sem o apoio entre os mais pobres que o governo imagina atrair com o Auxílio Brasil reajustado, o presidente voltou ao mote que o levou a vencer as eleições em 2018, o antipetismo radical.

    Continua após a publicidade

    No programa da terça-feira (06), Bolsonaro chamou Lula de “ladrão”, frase que repetiu no discurso em Copacabana. Na TV, Bolsonaro fez uma relação entre as investigações de corrupção nos governos do PT com o crime organizado, numa clara tentativa de repartir os eleitores entre os “cidadãos de bem” (seus eleitores) e os “do mal” (de Lula). É a dicotomia que o segundo filho, Carlos Bolsonaro, usa com eficiências nas redes sociais.

    Há cálculo político por trás dessa mudança. Na pesquisa Genial/Quaest, por exemplo, 44% dos eleitores consideram que o presidente o merece um segundo mandato (contra 54% que não merecem) e 46% temem mais um novo governo do PT do que um de Bolsonaro (52% acham o inverso). Mesmo que esses números confirme a rejeição ao presidente, eles mostram ainda que existe um espaço de crescimento. Na mesma pesquisa. Bolsonaro aparece com 34% no primeiro turno e 39% no segundo. Ou seja, alguns milhões de eleitores que considera o presidente merecedor da reeleição e temerosos da volta do PT ainda não estão declarando o seu voto. Como reverter isso? Para Bolsonaro é investido até o fim no antipetismo. Será uma campanha na lama até o último dia.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.