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Thomas Traumann

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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
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As lições do impeachment que Lula traz para o novo governo

Prioridade na transição será manter boas relações com Congresso e gastos sociais

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 nov 2022, 12h40 - Publicado em 7 nov 2022, 10h19
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    Dilma e Lula // (Mauro Horita/Getty Images/Getty Images)

    O presidente eleito Lula da Silva traz duas lições do impeachment de Dilma Rousseff que marcam a primeira semana da transição de poder. A primeira, disse Lula a amigos numa conversa reservada no início da campanha, “é não esquecer quem nos colocou aqui”. Ele se referia aos eleitores mais pobres, a faixa onde o PT tem maioria de votos desde a vitória de Lula em 2002. A segunda lição é não confrontar o Congresso, “a não ser que você tenha certeza de que vai ganhar”.

    Lula se referia ao que considera os dois equívocos do início do segundo governo Dilma Rousseff em 2015 que criaram o ambiente do impeachment um ano depois: o ajuste fiscal do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que cortou verbas sociais e liberou os preços de combustíveis e energia elétrica, e a decisão de lançar um candidato do PT a presidente da Câmara dos Deputados que terminou massacrado pelo então poderoso Eduardo Cunha. Para os eleitores, as medidas duras na economia foram vistas como um estelionato eleitoral depois de a presidente ter passado a campanha negando um ajuste que atingisse os mais pobres. Em apenas 40 dias a popularidade de Dilma caiu de 42% para 23%, enquanto os que achavam o governo ruim ou péssimo foram de 24% para 44%. Na Câmara, a base do governo estava esfacelada. Em três meses, o governo havia perdido capital político com a ascensão de Cunha e capital popular com o ajuste de Levy.

    Nesta primeira semana pós-eleição, a equipe de transição de Lula fez sinalizações na linha dessas lições do impeachment. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, anunciou que o partido não terá candidato à presidência da Câmara e que Lula não pretende interferir na disputa.

    Em março, Lula disse que Arthur Lira presidia a Casa como se fosse um “imperador” e que havia deformado a Câmara como o orçamento secreto (o que, aliás, é verdade). Passadas as eleições, deputados do PT relembravam a Lira que seu pai, o ex-senador Benedito Lira, era amigo de Lula, e que poderia dar ao filho referências. A assessoria de Lula marcou uma reunião com o presidente Arthur Lira, para terça-feira, dia 8. É um armistício.

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    Nas conversas com Lira e com o relator do orçamento de 2023, senador Marcelo Castro, a equipe de transição trouxe três pontos considerados fundamentais, a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 mais um extra de R$ 150 para crianças até 6 anos, aumento real do salário mínimo e recomposição dos gastos com merenda escolar, o programa Farmácia Popular e gasto mínimo com saúde.

    São pautas diretas para o bolso (e o estômago) das famílias de baixa renda, que correspondem a quase metade do eleitorado.

    Ao acenar para Lira e centrar suas primeiras medidas no social, Lula indica que seu governo vai priorizar a estabilidade política e a base social.

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