Quando a série “Lei & Ordem” estreou em 1990, resgatando uma estrutura criada nos anos 60, ninguém imaginava que a produção se transformaria em uma das mais duradouras franquias da TV americana.
Ao longo dos anos, a franquia já rendeu cerca de sete spinoffs e uma série co-relacionada: “Special Victims Unit”, “Criminal Intent”, “Trial By Jury”, “Paris Enquêtes Criminelles” (França), “Law & Order: UK” (Inglaterra), “Conviction”, estrelada por Alexandra Cabot, personagem de SVU; e “Law & Order: Los Angeles”. A série co-relacionada é “Deadline”, sobre a redação de um jornal impresso que é lido pelos personagens de “Lei & Ordem”; tem ainda um telefilme e um reality show. É bem possível que ainda surja mais uma spinoff, visto que o cancelamento de “Law & Order: Criminal Intent” rendeu ao produtor Dick Wolf um acordo com o canal USA para criar um novo projeto.
Dick Wolf é um produtor que iniciou carreira televisiva com “Miami Vice”, criada por Anthony Yentovich. Embora tenha tentando lançar outras séries, foi com “Lei & Ordem” que Wolf se estabeleceu. A série estreou no mesmo ano em que “Miami Vice” foi cancelada. De lá para cá, a única produção de Wolf a fazer um relativo sucesso, à parte da franquia, foi “New York Undercover”, de 1994 a 1998, que, por sua vez, teve cruzamento com “Lei & Ordem”, tendo em vista a presença de alguns personagens em episódios diversos.
O canal NBC estreia esta noite “Law & Order: Los Angeles”, série que surgiu de um acordo firmado entre o produtor e o canal quando “Lei & Ordem” foi cancelada. Com a encomenda de 13 episódios iniciais, a série foi estruturada às pressas para que pudesse estrear agora em setembro. Quando foi encomendada, não existia um piloto pronto, nem mesmo um roteiro. Apenas a ideia básica: situar a série em Los Angeles, permitindo a exploração de casos e escândalos relacionados à indústria do entretenimento, retirados dos tablóides e blogs da Internet. Com a mesma estrutura vista na série original, a produção é uma vitória para Wolf, que há muito tempo vinha almejando essa mudança.
No mesmo mês em que a série foi aprovada, Blake Masters, de “Brotherhoods”, foi contratado para criar os personagens e escrever o piloto, em parceria com Wolf e Peter Jankowski. Ao longo do mês de julho tiveram início as contratações dos atores.
O primeiro foi Skeet Ulrich, de “Jericho”, que interpretará um dos policiais que investigam os casos. Depois de sondarem Jimmy Smits e Dermot Mulroney, a produção acabou contratando Alfred Molina e Terrence Howard. O primeiro é um ator de teatro e cinema que já teve algumas incursões na TV. Para que ele possa manter sua carreira em trabalhos fora da televisão, Molina dividirá a série com Terrence Howard, que interpreta seu promotor assistente. Assim sendo, um episódio será com um dos atores e na semana seguinte, com o outro.
As filmagens do episódio piloto foram feitas no mês de agosto. Mas no início de setembro, a produção decidiu trocar a atriz Wanda de Jesus por Rachel Ticotin, o que forçou a refilmagem das cenas em que Wanda aparecia. Quatro dias antes de sua estreia, a série teve mais uma alteração de elenco. Peter Coyote, de “FlashForward”, entrou no lugar de Brett Cullen, interpretando o chefe da promotoria, cargo ocupado pelos atores Steven Hill e Sam Waterston, na série que deu origem à franquia.
Na história, os detetives Rex Winters (Skeet Ulrich) e TJ Jarusalski (Corey Stoll) investigam crimes ocorridos em Los Angeles. Winters é um ex-fuzileiro que iniciou sua carreira policial na década de 90, período em que testemunhou a onda de violência que tomou conta da cidade em decorrência da absolvição dos policiais envolvidos no espancamento do taxista Rodney King.
Na época, Winters ainda era casado quando iniciou uma relação com sua parceira de trabalho, Casey Ryan (Teri Polo). Após o divórcio, ele e Casey se casaram, levando a jovem a largar a carreira para dedicar-se a constituir uma família. O atual colega de Winters é TJ, um homem com visão cínica da indústria do entretenimento, a qual movimenta a economia da cidade e boa parte dos crimes que a dupla investiga.
Os dois estão subordinados à Tenente Arleen Gonzales (Rachel Ticotin), responsável pelo Departamento de Roubos e Homicídios. Defensora do trabalho de sua equipe, Arleen prefere manter sua profissão em separado de sua vida pessoal.
Como nas séries anteriores, “Law & Order: Los Angeles” terá seus episódios divididos em dois segmentos; o primeiro é dedicado à investigação dos casos e o segundo, ao julgamento dos acusados.
No tribunal, temos o promotor público Peter Morales (Alfred Molina), filho de um conhecido advogado que passou para ele o gosto pela justiça. Morales é extremamente ético dentro dos tribunais mas, fora deles, é um sujeito ambicioso, que manipula a opinião pública a seu favor enquanto aspira a uma carreira política. Nos tribunais, ele é acompanhado de sua segunda assistente, Evelyn Price (Regina Hall).
Quando não pode assumir um caso, seu primeiro assistente toma seu lugar. Este é Jonah Dekker (Terrence Howard), também conhecido como Joe, que procura seguir os passos de Morales, tendo Lauren Stanton (Megan Boone) como sua assistente. Vindo de uma infância pobre, ela sofreu com a criminalidade em seu bairro, bem como com os abusos do emprego da lei por parte da polícia. Agora, está determinada a fazer com que a justiça seja feita nos casos em que trabalha.
Morales e Dekker estão subordinados a Jerry Hardin (Peter Coyote), um homem preocupado tanto com uma carreira política quanto com a de promotor, a ponto de desconfiar das atitudes de colegas que possam estar interessados em seu cargo.
Além da mudança de ambiente, a série também parece ter alterado sua abertura. Segundo a imprensa americana, o tema foi modificado e a introdução narrada foi retirada. O episódio piloto de “Law & Order: Los Angeles” estreia com a participação de Mariska Hargitay, em um cruzamento da produção com “Law & Order: SVU”. Na história, a Olivia Benson viaja à Los Angeles para auxiliar em um caso.
Confiram o cartaz da série aqui.
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