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Os números de ‘A Viagem’ que provam a força das novelas espíritas na Globo

Novela protagonizada por Christiane Torloni está no ar no 'Vale a Pena Ver de Novo'

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 Maio 2025, 18h12

No ar no Vale a Pena Ver de Novo, A Viagem tem registrado bons índices de audiência na Globo, provando mais uma vez a força das novelas espíritas. De acordo com dados da Kantar Ibope Media, a reprise da trama escrita por Ivani Ribeiro registrou 16 pontos de média na Grande São Paulo em sua primeira semana de exibição — o melhor resultado da faixa desde dezembro de 2023, quando a emissora exibia uma reapresentação de Mulheres Apaixonadas (2003). 

Exibida em 1994, a novela A Viagem ainda hoje é reconhecida como um dos grandes sucessos da história da rede Globo. Tanto que foi reexibida diversas vezes. A trama teve uma primeira versão na TV Tupi em 1975 e se inspira nos livros de Chico Xavier, entre eles Nosso Lar, um sucesso estrondoso no cinema. A força que o tema ainda tem nas telas grandes, porém, não se vê mais na televisão: antes um filão popular na rede Globo, as novelas espíritas se tornaram um tabu – refletindo a busca da emissora em agradar a ampla parcela do público cristão, especialmente evangélico, que passou a boicotar o canal nos últimos anos. 

O retorno de A Viagem à grade da emissora em horário vespertino expõe essa ausência na faixa das novelas inéditas. A trama, que nos anos 1970 marcou a história da TV como a primeira de inspiração espírita, foi seguida por hits como O Profeta (outra de Ivani, de 1977, e que teve um remake em 2006), Alma Gêmea (2005), Páginas da Vida (2006), Escrito nas Estrelas (2010), Além do Tempo (2015), e mais. A boa fase do tema na rede Globo chegou ao fim – ou ao menos à uma pausa indefinida – em 2018, com Espelho da Vida (2018), assinada por Elizabeth Jhin, que foi demitida da emissora em 2021. A autora decidiu não trabalhar mais na televisão e, em entrevista ao site Na Telinha, em 2023, explicou que a razão para essa postura seria o fato de que “hoje, o escritor tem que enquadrar sua narrativa a uma série de regras ligadas a ideais políticos. São justos e necessários, mas discordo da maneira como são impostos”.

A (in)direta diz respeito, claro, a sua saída da Globo em pleno governo de Jair Bolsonaro, um inimigo declarado da emissora, e da chegada de Amauri Soares, em 2020, ao posto de diretor geral da TV Globo. O comentário no meio é que Amauri chegou a desenvolver uma cartilha para os autores da casa, com os temas que devem ser evitados e os que são bem-vindos das produções. O resultado se vê na tela: mais tramas de família, menos cenas de sexo e nenhum beijo gay — e pouquíssimas alusões à religiões não-cristãs. 

Do que fala a novela A Viagem

A trama exibida em 1994 mostra o desenrolar das ações do problemático Alexandre (Guilherme Fontes), que comete um crime e depois se suicida na prisão. Ele volta como um espírito obsessor para assombrar e se vingar do irmão Raul (Miguel Falabella), do advogado Otávio (Antonio Fagundes) — o qual Alexandre considera responsável por sua condenação –, e do cunhado Téo (Maurício Mattar) que é casado com Diná (Christiane Torloni), a irmã que tentou livrá-lo da Justiça.  

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