Intérprete da poderosa executiva Rebecca na série Ted Lasso, Hannah Waddingham se joga em seu lado teatral no especial natalino Em Casa para o Natal, já disponível na Apple TV+. Na produção de 44 minutos, a inglesa solta a voz para cantar ao lado de músicos como Sam Ryder e o elenco da série de sucesso — protagonizada por Jason Sudeikis — sobre o time de futebol fictício Richmond. Em entrevista a VEJA, a atriz falou sobre o significado da festividade para si e da oportunidade de poder homenagear sua família com o musical.
Confira a entrevista na íntegra:
O que o Natal significa para você? Ter amigos e familiares por perto, boas companhias, podendo relaxar e desfrutar de boa comida e um bom vinho. Uma música de boa qualidade também, quero dizer, o que mais você poderia pedir?
A personagem Rebecca, de Ted Lasso, fez muito sucesso com o público de TV. Como se sente em ter aceitado esse desafio de apresentar um especial musical teatral? Acontece que esse musical está super dentro da minha zona de conforto, que é o teatro. Se você me cortasse como uma árvore, veria música e teatro saindo de mim. A TV está fora da minha zona de conforto e, felizmente, eu finalmente fui aceita neste mundo televisivo, mas subir em um palco e estar com uma banda é que está correndo pela minha corrente sanguínea.
Existe algum Natal que marcou muito a sua vida? Um que eu sempre lembrarei é de um em que minha filha tinha apenas cinco meses, e eu estava tentando ser a chefona destemida, dizendo ‘Está tudo bem. Vou preparar o almoço de Natal para toda a minha família’, e lá estava eu com minha filha no colo tentando dar conta de tudo e nunca esquecerei o quão sobrecarregada me senti. Então meu irmão entrou na cozinha e disse: ‘Relaxe, estou aqui com você’. Eu estava chorando, cozinhando e amando a minha filha e meu irmão ao mesmo tempo. Eu nunca esquecerei daquele Natal, de quando eu fui acolhida porque estava tentando dar conta de tudo sozinha.
O especial é também uma homenagem a sua mãe, Melodie, cantora de ópera aposentada, e sua filha, Kitty, de oito anos. O que elas acharam do especial? Eu perguntei para minha filha se ela achou estranho ver a mãe no palco, e ela só me perguntou se poderia provar meus vestidos – que agora são todos dela. E minha mãe pode estar aposentada, mas uma cantora de ópera é uma cantora de ópera para sempre, então ela ficou preocupada com a minha voz. Foi incrível para ela ver o coro da Ópera Nacional Inglesa no palco comigo, porque vários membros presentes naquele palco estiveram lá na mesma época que minha mãe esteve lá. Então foi como ter minhas tias e tios perto de mim.
Foi muito emocionante fazer essa homenagem? Sim, foi muito forte. Até mesmo falar disso agora me emociona, principalmente por causa da minha mãe. Eu não menciono no especial, mas lá ela está sentada em uma cadeira de rodas porque ela está gravemente infligida com Parkinson, Deus a abençoe, então foi muito agridoce. A parte doce foi que eu nem sabia se meus pais estariam lá porque os dois estavam com problemas de saúde graves na época, mas o fato de ambos terem conseguido ir me fez pensar que precisava manter tudo sob controle e fazer isso por eles. Para que eles se lembrem disso sempre.
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