O ator Pedro Paulo Rangel morreu na madrugada desta quarta-feira, 21, aos 74 anos. Ele estava internado desde 30 de outubro na Clínica São José, no Rio de Janeiro, para tratar das complicações de um quadro de doença pulmonar. A morte do artista foi confirmada pela assessoria de imprensa do hospital.
Rangel nasceu no Rio em 1948 e iniciou sua carreira no teatro – a estreia profissional ocorreu em 1968, na peça Roda Viva, derivada da canção de mesmo nome de Chico Buarque. Em seguida, ainda no teatro, trabalhou com nomes de peso como José Celso Martinez Corrêa e Jô Soares. Ao longo da carreira, se destacou com papéis carismáticos e um humor típico que fez dele uma presença certa na casa dos brasileiros por décadas, se tornando um rosto conhecido e querido de todo o país através da televisão.
Ele fez sua estreia na tela em 1969, na novela Super Plá, de Bráulio Pedroso, exibida pela extinta TV Tupi. Nos anos 1970, já na Globo, enfileirou uma série de personagens marcantes em folhetins, começando como o inesquecível Juca Viana, em Gabriela (1975), novela em que protagonizou o primeiro nu masculino da televisão brasileira. O ator também se destacou em produções como Saramandaia (1976), O Pulo do Gato (1978) e Vale Tudo (1988). Em Pedra sobre Pedra (1992), fez história como um pioneiro personagem gay assumido nas novelas. Alguns desses tipos – como o divertido Gigi de Belíssima (2005) – fizeram grande sucesso popular.
Com um carisma inegável em cena e um talento excepcional para fazer rir, Pedro Paulo conquistou um lugar cativo no humor brasileiro. No início dos anos 1980, foi convidado por Jô Soares para participar do programa humorístico Viva o Gordo (1982). Com o sucesso, ganhou espaço no elenco da segunda temporada da histórica TV Pirata (1988). Também esteve nas minisséries A Diarista e Sob Nova Direção, que divertiram o público e marcaram época nos anos 2000.