Em 2019, um boato espalhado na internet — por uma página anônima de Instagram — rendeu divórcios e memes no mundo das celebridades: o “Surubão de Noronha”, rumor de que o casal Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso promovia “festinhas liberais” em sua pousada em Fernando de Noronha para famosos como Bruna Marquezine, Neymar, Fernanda Paes Leme, Thaila Ayala, Fiorella Mattheis, Marina Ruy Barbosa e José Loreto. Alguns dos nomes envolvidos na história sempre desmentiram o boato, mas a parte cômica rende até hoje para quem convive dentro deste meio estrelado — e também para os anônimos que vivem cronicamente online. Agora, cinco anos depois, Ewbank e Gagliasso usam o meme como trunfo de um novo programa de entrevistas — o primeiro que apresentam juntos –, o Surubaum, onde o casal receberá convidados em um sofá para falar abertamente sobre sexo e relacionamentos.
Em entrevista a VEJA, Giovanna — que também comanda os programas Na Cama e Quem Pode, Pod — fala do projeto ao lado do parceiro com quem vive há 13 anos e tem três filhos: Titi, de 10 anos, Bless, de 8, e Zyan, de 3.
Confira:
Por que você e Bruno decidiram falar de sexo em um programa? É um assunto que ainda é tão tabu. Eu mesma tive que me desconstruir muito durante a minha vida, era uma menina que não falava muito sobre sexo, acho que nem conversava muito com os meus pais a respeito, fui entendo com a vida como esse tópico era um tabu, mas que é natural falar de amor e relacionamento. Isso ocorreu principalmente quando comecei a me relacionar, eu era fechada e com o tempo fui me soltando.
O nome do programa, Surubaum, é uma sátira ao boato de 2019 de que você e Bruno promoviam “festas liberais” na pousada de vocês em Fernando de Noronha em 2019. Como lidaram com isso naquela época? Eu fiquei muito assustada, porque foi uma grande mentira que se tornou a verdade para muitas pessoas. Acho que até hoje as pessoas perguntam sobre o tal “surubão”, se é real, se não é, mesmo a gente tendo desmentido tantas vezes. Eu e muitas pessoas ficaram assustadas, mas outras levaram tudo na brincadeira, o próprio Bruno tira muito sarro disso, vê graça. Depois de um tempo eu também passei a achar divertido, até fiz tema de aniversário com essa história, todo mundo queria participar. Acabou que decidimos nos apropriar desse nome do “surubão” e brincar direito com isso. É claro que é uma jogada de marketing, mas também queremos levar informação e um conteúdo interessante às pessoas. É uma “suruba” de pessoas falando de vários temas de comportamento humano. Não é só sexo pelo sexo, até porque tem muita coisa que vem antes.
Sabe de onde partiu esse boato? Muitas muitas pessoas falam muitas coisas, mas eu prefiro ficar com com a grande brincadeira. Porque muita gente acha muita coisa, mas a verdade é que ninguém sabe de nada. Foi uma mentira e virou piada.
Quando surgiu a ideia de fazer um programa com o Bruno pela primeira vez e por que nessa temática sexual? Nós tínhamos essa vontade de trabalhar junto já há algum tempo, mas nunca conseguimos conciliar as agendas, principalmente depois dos filhos, então é essa ideia da gente trabalhar junto e veio de antes da Titi até. Mas temos uma agenda complicada, até temos um combinado de que quando um tá trabalhando o outro fica com as crianças, etc. Finalmente conseguimos uma agenda livre em janeiro e gravamos tudo. Foi muito prazeroso ter essa troca com ele, até porque é um projeto sobre vida, sexo, amizade, tudo que temos vivido há 13 anos.
Vocês estão casados há bastante tempo. Já precisaram apimentar a relação? Na verdade somos um casal comum, com altos e baixos, tem alguns momentos em que ele está mais apaixonado, outros, eu. Fases em que um está mais sexual que o outro, mas tudo resolvemos no diálogo. A conversa é o ponto principal da nossa relação, mas quando a coisa dá uma apertada também recorremos à nossa terapeuta de casal, que é fixa há anos. Sempre bom ter uma terceira opinião. Agora, em relação ao sexo, a gente sempre se adapta ao outro, tem coisas que um não gosta, mas vamos nos ajustando.
Chegaram a fazer sexo com mais pessoas, como insinuaram naquele boato do “Surubão de Noronha”? Eu até falei esses dias que acho a gente muito careta sexualmente, e o Bruno até discordou, disse: “Careta só porque a gente nunca fez ménage ou ‘suruba’?”. Ele já fez outras coisas sem mim, mas eu nunca fiz nada disso, de ménage. Nunca fizemos e não pretendemos fazer, não vamos abrir a relação, e é uma escolha nossa. E eu não tenho vontade também, se tivesse eu discutiria a possibilidade com ele, mas eu sou ciumenta demais para abrir a relação.
Mas vocês já receberam convites? Acredita que nunca ninguém nos convidou para nada? Quando eu era solteira, sim, fui chamada — mas não aceitei. E depois de casada nunca mais.
Qual foi o relato mais surpreendente que ouviu durante a gravação de Surubaum? Teve um com dois convidados que flertaram um com o outro no passado, mas um deles é casado hoje em dia, mas virou quase uma DR na nossa frente porque envolvia antigos relacionamentos, virou uma confusão, quase saímos para deixá-los a sós. Mas o que acho mais interessantes é que em todos os programas que eu faço, como o Na Cama e o Quem Pode Pod, é que as pessoas vão sem máscaras, falam com muita sinceridade sobre as coisas. O Surubaum vem nessa mesma linha, sem pudor, sem tabu. Vão mudando as temáticas, mas nunca a essência.
Com estreia programada para 5 de março no canal Gioh, do YouTube, a primeira temporada do Surubaum conta com nove episódios, com entrevistados como Juliette, Marina Sena, Ingrid Guimarães, Heloísa Périsse e João Vicente. Os episódios irão ao ar às terças-feiras, às 19h.