Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Relâmpago: Revista em casa por 9,99/semana
Imagem Blog

Tela Plana

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming

Caramelo reforça tradição dos filmes de cães com vira-lata nacional

Longa da Netflix com um legítimo cachorro brasileiro como protagonista explora o encanto por esses animais nas telas

Por Amanda Capuano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 out 2025, 08h00

Durante algumas semanas, o diretor Diego Freitas rodou o Brasil em busca de um astro canino. Inspirado pela cachorrinha Paçoca, que adotou na pandemia, ele buscava um vira-lata carismático para contracenar com Rafael Vitti no longa Caramelo, que estreia na quarta-feira 8 na Netflix. Só não esperava que a estrela viesse até ele: “Um cachorrinho de rua apareceu na porta do nosso treinador. Ele tinha uns 3 meses de idade, com a barriguinha cheia de lombriga. Estava praticamente pedindo emprego”, contou o cineasta a VEJA sobre Amendoim, o encantador e hiperativo cãozinho que protagoniza o filme.

CARISMA - Messi: o border collie roubou a cena em Anatomia de uma Queda
CARISMA - Messi: o border collie roubou a cena em Anatomia de uma Queda (Les Films Pelleas/.)

Adotado pela equipe, Amendoim saiu das ruas e virou estrela: estreou em frente às câmeras aos 9 meses de idade, depois de um semestre de muito treinamento em forma de brincadeiras com a equipe do longa — que teve de lhe ensinar, entre outras coisas, a “divertida” tarefa de destruir parte do cenário. “Descobrimos um superstar canino. Ele é maravilhoso”, atesta o diretor sobre o ator animal.

Brasileiríssimo, o vira-lata caramelo da Netflix reforça uma lista numerosa de astros peludos que encantam nas telas. Segundo o Guinness Book, os cachorros são os animais mais populares do cinema, aparecendo em mais de 1 300 filmes. Entram nessa lista clássicos como Lassie: a Força do Coração (1943) e Marley & Eu (2008), mas também o mais recente Anatomia de Uma Queda, em que o border collie Messi roubou os holofotes ao interpretar o cão-guia Snoop.

CLÁSSICO - Lassie: a raça rough collie estrelou diversos títulos e até mesmo uma série de televisão
CLÁSSICO - Lassie: a raça rough collie estrelou diversos títulos e até mesmo uma série de televisão (Roadside Attractions/.)
Continua após a publicidade

Atrás dos caninos, os cavalos e os gatos completam o pódio de aparições cinematográficas, mas passam longe de ter a mesma fama dos cãezinhos. A predileção pelos cachorros tem vários motivos: o principal deles é a fama de melhor amigo do homem, que permite criar histórias emocionantes explorando a relação entre cão e tutor. Nesse contexto, os animais assumem, muitas vezes, a figura de apoio emocional em momentos difíceis da vida do protagonista humano — é o caso de Caramelo, e também do emocionante Sempre ao Seu Lado (2009), com Richard Gere.

Para além da relação ancestral entre as espécies, o que faz dos cachorros tão queridinhos de cineastas é o fato de que costuma ser mais fácil trabalhar com eles que com outros animais domésticos — como os gatos, que são menos dispostos a colaborar com as câmeras. Mesmo assim, o trabalho precisa ser bem pensado e levar em conta o bem-estar do animal. Não à toa, quando o papel exige muito, costuma-se apelar para a computação gráfica. É o caso do fofíssimo Krypto, de Superman: apesar de fazer sucesso e encantar nas telas, o cãozinho de Clark Kent foi todo criado com CGI.

EMOÇÃO - Marley & Eu: o clássico arranca até hoje lágrimas dos apaixonados pelos bichos
EMOÇÃO – Marley & Eu: o clássico arranca até hoje lágrimas dos apaixonados pelos bichos (20th Century Fox/.)
Continua após a publicidade

No caso do filme da Netflix, os cachorros são bem reais, e a equipe precisou estender o período de gravações para respeitar o ritmo dos animais. Amendoim contou com uma equipe especializada só para ele, incluindo nutricionista, treinador, veterinário e até massagista (sim, para “aliviar” o estresse). “Quando não estava mais a fim, ele ia para a casinha tirar uma soneca. O tempo do cachorro é prioridade no set”, diz o diretor. Amendoim também tinha um dublê. Comum em em filmes de pets, os dublês caninos são usados justamente para não sobrecarregar os animais. No caso de cães de raça, a tarefa é mais fácil, pela semelhança entre eles. Para vira-latas, encontrar animaizinhos idênticos torna-se mais desafiador. “Foi a maior dificuldade. Mas nós achamos um caramelo parecido nos abrigos que visitamos. O Derek é mais calminho, então as cenas em que o cachorro está no colo é ele quem faz”, detalha o diretor sobre os bastidores do filme — que, além dos dois caramelos, contou com dezenas de outros cães, muitos dos quais acabaram adotados pela equipe ao fim do processo.

Reais ou criados com CGI, fato é que os cachorros são uma arma poderosa para atrair o público, já que muita gente se derrete no primeiro latido. O amor pelos bichos, contudo, gera situações inusitadas: assim que o trailer de Caramelo foi lançado, alguns usuários “ameaçaram” nas redes cancelar a assinatura da Netflix caso algo de ruim aconteça com o cachorrinho no filme. O furor, claro, não passa de ansiedade daqueles que não aguentam ver os bichinhos sofrendo — nem mesmo na ficção. Afinal, os cães são nossos heróis de estimação, e merecem ser tratados como tal nas telas.

Publicado em VEJA de 3 de outubro de 2025, edição nº 2964

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

15 marcas que você confia. Uma assinatura que vale por todas.

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

A notícia em tempo real na palma da sua mão!
Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 28% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 10,00)
De: R$ 55,90/mês
A partir de R$ 39,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.