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Bruna Louise: a musa desbocada da comédia nacional chega à Netflix

Com piadas da pesada, a curitibana é estrela de um stand-up solo na plataforma de streaming

Por Amanda Capuano 18 jun 2022, 08h00
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  • AUTOBIOGRÁFICA - Bruna: relacionamentos frustrados acabam virando piada -
    AUTOBIOGRÁFICA - Bruna: relacionamentos frustrados acabam virando piada – (@abrunalouise/Instagram)

    Acostumada a fazer rir desde criança, Bruna Louise irritava os diretores das peças em que atuava adicionando piadas improvisadas entre as falas exaustivamente ensaiadas. Mas o sonho da curitibana era ser uma atriz séria. Formada em artes cênicas e cria do teatro tradicional, Bruna alimentava uma aversão especial em relação aos comediantes de stand-up. “Eu tinha era recalque de ver os moleques subindo no palco para falar besteira”, disse ela a VEJA, com seu modo debochado e sotaque curitibano cadenciado. Quando assumiu pela primeira vez o microfone como “os moleques”, há cerca de doze anos, tudo mudou: “Foi libertador. Entendi que eu tinha o que falar, e que eu queria falar”. A trajetória de lá para cá foi repleta de percalços, sendo o principal o fato de Bruna ser uma mulher jovem e bonita num meio predominantemente masculino. No dia 22, a artista de 37 anos derrubará mais um tijolo desse muro: Bruna se tornará a primeira mulher brasileira a lançar uma apresentação de stand-up solo na Netflix. O especial batizado de Bruna Louise: Demolição é todo pautado no humor do tipo “sincerão”. Sua vida pessoal e experiências sexuais estão entre os temas que ela discorre — usando uma clareza didática e termos que podem ruborizar os mais recatados.

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    Assim como outras comediantes, Bruna furou a bolha de sua área com uma ajudinha da internet: ela soma mais de 12 milhões de seguidores entre Instagram, TikTok e YouTube. Sua maior inspiração, porém, vem de uma veterana que fez sucesso na TV aberta: a incomparável Dercy Gonçalves. “Ela mudou o meu jeito de ver a comédia. Percebi que podia usar meus problemas pra rir de mim mesma e transformar tristeza em humor”, relata Bruna.

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    Não por acaso, o abandono paterno é um de seus temas cativos. Criada em uma família só de mulheres, ela conheceu o pai apenas no ano passado, aos 36. “Nasci de parto normal, que é quando a mãe fica com a criança e o pai vai embora”, brinca nos shows. Solteira, já costuma ouvir que “assusta os homens”. “Sou tipo dois caras em uma moto”, brinca, usando como referência a situação que virou sinônimo de pavor para os brasileiros nas redes sociais.

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    Assim como Dercy, Bruna é desinibida, desbocada e contraria as convenções antiquadas do que uma mulher pode ou não fazer e falar. Sua acidez transborda em piadas críticas sobre relações sexuais desastrosas e mancadas masculinas embaladas por machismo. “Chega pro homem que tá espalhando por aí que você já deu pra todo mundo e fala pra ele: ‘Lembre-se do que sua mãe dizia, você não é todo mundo’”, diz ela em uma apresentação. As brincadeiras sérias já levaram uma fã a terminar o relacionamento tóxico após vê-la no palco.

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    A fama de Bruna ganhou um empurrãozinho em 2020, ao integrar a bancada de apresentadoras do humorístico A Culpa É da Carlota, do canal pago Comedy Central. Começou a lotar teatros no Brasil e acaba de fazer uma turnê pela Europa, na qual passou por Portugal e Irlanda. O sucesso, porém, não representa o fim dos preconceitos: “A gente luta o tempo inteiro contra o mito de que mulher não pode ser engraçada”. Ela é prova de que é possível superar essa barreira que não tem a menor graça.

    Publicado em VEJA de 22 de junho de 2022, edição nº 2794

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