Com a estreia de Senna, minissérie de seis episódios que fala da história do piloto Ayrton Senna (1960-1994) — vivido por Gabriel Leone na Netflix, uma parte do público ficou surpresa com os menos de dois minutos dedicados à Adriane Galisteu (interpretada por Júlia Fioti na produção), a então namorada do brasileiro quando ele morreu em um acidente durante o GP de San Marino, na Itália — enquanto Xuxa Meneghel, uma de suas ex-namoradas, ganhou um episódio inteiro. A razão por trás disso é antipatia da família do piloto por Galisteu, algo que ficou claro já no velório de Senna, quando Viviane Senna, irmã dele, deu preferência à Xuxa no cortejo familiar e escanteou Adriane. Em uma entrevista a VEJA em agosto deste ano, Galisteu refletiu sobre os motivos da família do ex, que, segundo a própria, não teve a oportunidade de conhecê-la melhor naquela época.
Na ocasião da entrevista, Adriane lançava seu programa Barras Invisíveis, do canal E! e disponível no Discovery+, em que reflete sobra sua vida pessoal, incluindo o namoro com Senna. Em depoimento, a apresentadora revela que se Viviane quisesse chamá-la para conversar, ela iria na hora. Questionada sobre a relutância da família do piloto, Galisteu ponderou: “Eu era uma menina muito diferente da mulher que eu sou hoje. Eu vivia problemas muito importantes na minha vida naquela época e que não podiam ser ditos. Então, eu vivi um relacionamento com o Ayrton meio à parte, ele sabia de tudo, dos meus problemas, ele foi, inclusive, na minha casa lá na Lapa [São Paulo], conheceu a minha realidade, minha mãe”.
Casada com o empresário Alexandre Iódice há quatorze anos — com quem tem um filho, Vittório, 10, a apresentadora argumentou que os parentes do antigo namorado tiveram pouco contato com ela. “Durante o um ano e meio que eu vivi com ele, a gente esteve no Brasil muito pouco, dá para contar em uma mão. Então, a gente convivia muito pouco com a família dele. Eles não sabiam exatamente quem eu era, de onde eu vinha, para onde eu ia, do que eu seria capaz, eu era meio enigmática mesmo, então, acho que faltou muita conversa. Não era um relacionamento como o que eu tenho com o Alê, em que eu vou na casa dele, convivo todo dia, não era assim com a família do Ayrton. Acho que muita coisa aconteceu, mas acima de tudo faltou mesmo a possibilidade de conversar sabia, mas o tempo passou e eu sempre respeitei a família dele”, detalhou ela.
“A minha história com o Artyon está muito bem contada e muito bem guardada, e eu olho para isso como um escudo, não como um fardo. Carrego essa história com respeito e carinho, e respeito também a mãe que perdeu um filho, porque minha mãe também passou por isso [o irmão de Adriane, Alberto, era portador de HIV e morreu em 2006, de pneumonia] e eu jamais vou questionar qualquer coisa que uma mãe faça para proteger o filho. Essa foi só uma das barras invisíveis que eu já segurei. Porque o Ayrton passa pela minha vida, e ela continua. Ele não é a minha vida. Essa minha história com ele pode ser contada em outro momento, de outra forma, com exclusividade”, concluiu.
Em Xuxa, O Documentário, da Globo, lançado no ano passado, Vivane Senna deu um depoimento em que via Xuxa como o grande amor da vida de Senna. “Um não precisava do outro para ser reconhecido, para se alavancar. Os dois já estavam consolidados como superestrelas. É como se eles tivessem se encontrado no momento errado. Ambos não tinham como parar a carreira naquele momento de vida”, dizia. Os dois namoraram entre 1988 e 1990, e Xuxa era uma apresentadora famosa à época. O piloto assumiu um namoro com Galisteu, que começava sua carreira como modelo, em 1993 e ficou com ela até sua morte, em 1994.
Durante as negociações de Senna, a família do tricampeão de Fórmula 1 quase não autorizou o projeto pois queria que Adriane ficasse de fora, mas a plataforma brigou para que ela fosse mencionada. A participação de Galisteu, então, foi reduzida drasticamente.
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