A explicação de um executivo da Warner sobre ‘morte’ da marca HBO
Fernando Medín, presidente e diretor da Warner Bros. Discovery para América Latina, explicou decisão da mudança de marca
A plataforma de streaming HBO Max agora atende apenas pelo nome Max, resultado de uma estratégia da empresa Warner Bros. Discovery de fundir seus serviços de streaming variados e torná-la mais atrativa a novos assinantes, além de reter os atuais por mais tempo na plataforma. Em entrevista a VEJA, Fernando Medín, presidente e diretor da Warner Bros. Discovery para América Latina, explicou alguns detalhes da decisão de ocultar a HBO do nome serviço de streaming. A boa notícia para os fãs de séries de sucesso do selo, como o Game of Thrones, True Detective e Succession, é que elas vão continuar na Max normalmente.
O que muda com a Max
Na prática, nada muda para os assinantes. A virada da marca na América Latina segue a reformulação que começou no ano passado nos Estados Unidos com o intuito de deixar o nome da plataforma mais abrangente. Assim, o catálogo do Max vai contar com títulos originais feitos para o serviço de streaming, além das produções da HBO, filmes e séries da Warner – entre eles os heróis da DC e o bruxinho Harry Potter –, a Cartoon Network, e a ampla programação da Discovery, como Discovery Kids, Home & Health e Investigação Discovery (ID).
Confira a entrevista com Fernando Medín:
A HBO é uma marca muito forte no mercado, principalmente na associação com séries de sucesso, como Game of Thrones, Succession e The Last of Us. Por que a Warner Bros. Discovery decidiu aposentar esse nome para dar lugar ao nome Max? É importante ressaltar que não vamos perder a marca, ela estará sempre em destaque ao abrir o Max, e tudo que se espera dela continuará também. O principal ponto dessa fusão é a necessidade de entregar toda a flexibilidade que a marca permite numa única casa, para a família inteira. Então, o assinante tem acesso às séries da HBO, mas também aos programas de sobrevivência da Discovery, os desenhos da Discovery Kids para os filhos, e assim conseguimos oferecer mais de 37.000 horas de conteúdo de todos os gêneros, incluindo novelas estrangeiras e esportes, que fazem sucesso já na plataforma.
Houve um estudo para embasar essa mudança na marca? Sim, fazemos estudos constantemente, a nível mundial. O resultado é parte de uma estratégia de retenção do usuário dentro da Max. Nós tínhamos clareza sobre nossos limites em relação à marca e não queríamos ultrapassá-los, então é uma combinação de todo estudo que a gente faz no mercado e estamos bem satisfeitos com o resultado final. Nós sabemos que no mundo do streaming conquistar novos assinantes é importantíssimo, mas mantê-los é tão importante quanto isso. Então essa combinação de programação variada contribuirá para essas duas coisas.
A oferta de conteúdo será maior? Sim. Para quem gosta de um reality ou documentário, ou quem é amante de esportes ou séries e filmes vai encontrar tudo em um lugar só. Acreditamos que isso vai trazer mais retenção na plataforma Max. Temos um portfólio super robusto de canais de televisão paga, de entretenimento audiovisual ao esportivo, passando por estilo de vida e até novelas turcas, porque sabemos da importância de atingir todos os públicos e queremos crescer ainda mais esse leque de opções para o consumidor que quer ver conteúdo da HBO, ou Discovery, ou Home&Health, por exemplo.
Acompanhe notícias e dicas culturais nos blogs a seguir:
Tela Plana para novidades da TV e do streaming
O Som e a Fúria sobre artistas e lançamentos musicais
Em Cartaz traz dicas de filmes no cinema e no streaming
Livros para notícias sobre literatura e mercado editorial