‘Phishing’, uma ameaça ainda sem tradução
O golpe internético do phishing não tem (ainda?) tradução entre nós, mas qualquer pessoa que não esteja entre os chamados excluídos digitais depara-se rotineiramente com mensagens de phishers vindas por e-mail ou SMS. O phishing é um crime que consiste em levar o destinatário dessas mensagens a fornecer seus dados pessoais, como senhas bancárias ou […]
O golpe internético do phishing não tem (ainda?) tradução entre nós, mas qualquer pessoa que não esteja entre os chamados excluídos digitais depara-se rotineiramente com mensagens de phishers vindas por e-mail ou SMS.
O phishing é um crime que consiste em levar o destinatário dessas mensagens a fornecer seus dados pessoais, como senhas bancárias ou outros, por crer que está lidando com instituições respeitáveis. Isso ocorre normalmente após um clique que abre um site malicioso ou, de forma mais rara e tosca, por resposta direta da vítima. Trata-se de estelionato.
O termo inglês phishing surgiu nos anos 1990 e é uma alteração de fishing, isto é, “pescaria” – no caso, de dados sigilosos. Há quem acredite que há embutida também no uso do ph uma menção ao velho golpe do phreaking, este pré-informático e praticado por phone freaks, “fonemaníacos”, que manipulavam os ruídos eletrônicos dos aparelhos para enganar a central e fazer interurbanos de graça.
A elevada incidência de phishing no ambiente virtual recomendaria a adoção de uma palavra nativa para nomeá-lo, mas não parece provável que isso ocorra. Por enquanto, o maior aliado da segurança do internauta brasileiro tem sido a incompetência dos próprios phishers locais, que normalmente enviam, em nome da Receita Federal ou de grandes bancos, mensagens tão cheias de erros grotescos de português que a maioria das pessoas fareja o golpe na primeira linha.