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Sobre Palavras

Por Sérgio Rodrigues Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Este blog tira dúvidas dos leitores sobre o português falado no Brasil. Atualizado de segunda a sexta, foge do ranço professoral e persegue o equilíbrio entre o tradicional e o novo.

Entre aspas

Por Sérgio Rodrigues
Atualizado em 31 jul 2020, 05h43 - Publicado em 28 jul 2013, 10h00

– E aí, gostou da crônica?

– Posso ser sincero com você? Não.

– Ah.

– Não fique bolado. É que você cita muito.

– Bolado? Não, imagina. A literatura está apinhada de destroços de gente que se importou além do razoável com a opinião dos outros. Virginia Woolf.

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– Está vendo o que eu disse? Você cita demais.

– Roubar ideias de uma pessoa é plágio, roubar ideias de muitas pessoas é pesquisa. Wilson Mizner, talvez.

– É, mas eu fico sem saber o que é autêntico debaixo desse entulho cultural todo. Qual é a sua verdade, entendeu?

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– Concordo com tudo o que você diz, mas atacarei até a morte seu direito de dizê-lo. Tom Stoppard.

– Para mim, enquanto leitor e a nível de ser humano, isso é bobagem. Só a verdade da alma me interessa. Veja a literatura do Anicletinho, por exemplo.

– O Anicletinho, jura? Na literatura, como no amor, nós nos espantamos com as escolhas que os outros fazem. André Maurois.

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– O Anicletinho pode ser meio ingênuo, mas me inspira. Quando leio um escritor, quero aprender alguma coisa. Se ele não tem nada de profundo e original a dizer, se é só um papagaio dos achados alheios, não leve a mal, mas por que eu vou perder meu tempo?

– Todo mundo pensa que os escritores sabem mais sobre o funcionamento da mente humana, mas isso é um erro. Eles sabem menos, por isso escrevem. Para tentar entender aquilo que os outros acham muito natural. Margaret Atwood.

– Então tá, hein? Minha mulher está me esperando para jantar. Até qualquer dia.

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– O escritor é um homem que, mais do que qualquer outro, tem dificuldade para escrever. Thomas Mann. Tudo já foi escrito. Anônimo. Eu não tenho interesses literários: sou feito de literatura, não sou nada além disso e não posso ser nada além disso. Franz Kafka.

– Você ouviu o que eu disse, cara? TCHAU!

– NÃO PRECISA GRITAR! Ludwig van Beethoven.

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