Do ‘klima’ ao clima
Os gregos antigos não eram extraordinários climatologistas, mas isso não os impediu de nomear com sua palavra klima, que na origem queria dizer “inclinação, declive”, o conjunto de condições atmosféricas que hoje ocupa lugar de honra entre as preocupações da humanidade. Nas palavras do Merriam-Webster etimológico, “os gregos atribuíam as várias condições climáticas encontradas em […]
Os gregos antigos não eram extraordinários climatologistas, mas isso não os impediu de nomear com sua palavra klima, que na origem queria dizer “inclinação, declive”, o conjunto de condições atmosféricas que hoje ocupa lugar de honra entre as preocupações da humanidade.
Nas palavras do Merriam-Webster etimológico, “os gregos atribuíam as várias condições climáticas encontradas em diferentes partes do mundo” unicamente ao klima, isto é, “ao suposto declive da terra do equador aos polos”.
Na divisão de zonas climáticas que aqueles primeiros geógrafos elaboraram, mais ou menos correspondente às modernas latitudes, cada uma das regiões era um klima, um segmento na trajetória de descaimento da superfície terrestre em seu progressivo afastamento do sol.
A palavra chegou ao latim como clima e ao francês, no século XIII, como climat – origem imediata do nosso substantivo, datado do século XV. Parece ser obra do século XIX, em qualquer língua, o uso figurado de clima em referência a “ambiente, contexto”, como em “clima político”, “clima festivo” etc.