O candidato ao governo do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB), que enfrentará o atual governador José Ivo Sartori (MDB) no segundo turno no estado, acenou apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que enfrentará Fernando Haddad (PT) no pleito nacional. Leite fez 35,90% dos votos e Sartori fez 31,11%. Esta é a primeira vez em 24 anos que o PT fica de fora do segundo turno no estado.
“[O apoio] não significa que eu tenha uma posição de aderir a todas as ideias do outro candidato [Bolsonaro]. Mas significa a possibilidade inclusive de composição política, levando as bandeiras que defendemos, de representar algo melhor para o país”, disse Leite à imprensa na noite de domingo, após o resultado eleitoral.
O tucano, que apoiou Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno, disse que discorda do discurso de Bolsonaro de violência contra minorias, que definiu como “palavras mal colocadas eventualmente”. Porém, Leite disse também que o discurso de Bolsonaro sobre “algumas posições” está “mais moderado”.
Leite argumentou que a questão econômica é mais relevante do que as pautas sociais e culpou as gestões petistas pela crise econômica e desemprego do país.
“A crise profunda é muito mais nociva a qualquer direito social do que as palavras mal colocadas eventualmente pelo outro candidato, que tem demonstrado, tem falado em algumas posições de forma mais moderada. Por isso que estou dizendo. Não significa adesão a todas suas ideias. Não significa arredar o pé daquilo que eu acredito. Mas entre as duas candidaturas que estão postas está muito claro para mim. Não há hipótese de considerarmos que [o PT de Haddad] volte ao poder”, disse.