A candidata a presidente Marina Silva (Rede) ingressou com uma ação contra o adversário Jair Bolsonaro (PSL) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) neste sábado, por conta do ataque hacker de seus simpatizantes ao grupo no Facebook “Mulheres contra Bolsonaro”, com mais de 2 milhões de membros. Em visita a Porto Alegre neste sábado, Marina afirmou que espera que “seja feita uma investigação” e que as mulheres “têm o direito de manifestar sua posição sem que sejam agredidas por uma cultura machista patriarcal”.
Marina comentou sobre o processo durante caminhada com simpatizantes na Orla do Guaíba, área de lazer revitalizada na capital gaúcha.
“Em uma democracia, não se pode tolerar qualquer forma de autoritarismo, invadindo e coibindo a liberdade de expressão das mulheres. As mulheres têm o direito de manifestar sua posição sem que sejam agredidas por uma cultura machista e patriarcal que tenta calar sua voz e seu direito de manifestar suas opiniões. Por isso que nós, da Rede Sustentabilidade, eu juntamente com o Eduardo [Jorge, candidato a vice], entramos com a ação. Para que seja feita uma investigação, para que aqueles que participaram desse ato criminoso e autoritário possam ser rigorosamente punidos”, disse a candidata a jornalistas presentes na caminhada.
O grupo no Facebook foi invadido por hackers no último dia 16. Com o ataque, o nome do grupo foi modificado para “Mulheres Com Bolsonaro” com uma foto do candidato do PSL no perfil. As moderadoras foram excluídas. O grupo voltou ao ar no dia seguinte.
Além da caminhada na orla, Marina participou de ato no bairro Jardim Leopoldina, na zona norte de Porto Alegre.
No Rio Grande do Sul, a Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva, apoia o candidato do PSDB, Eduardo Leite. Em nível nacional, os tucanos são oponentes de Marina com a candidatura de Geraldo Alckmin a presidente.