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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre
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Fundador do MBL gaúcho, deputado troca o PP pelo partido Novo

Líder dos movimentos pelo impeachment da ex-presidente Dilma no estado, Marcel van Hattem vai concorrer a deputado federal

Por Paula Sperb
Atualizado em 4 jun 2024, 16h51 - Publicado em 28 fev 2018, 14h36
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  • Filiado ao Progressistas (PP) há quinze anos, o deputado estadual Marcel van Hattem deixará a sigla para ingressar no partido Novo. Eleito pela primeira vez aos 18 anos para o mandato de vereador na sua cidade natal, Dois Irmãos, Van Hattem atua na Assembleia do Rio Grande do Sul. Agora, aos 32 anos, ele irá concorrer a deputado federal nas eleições de outubro. “Não existia o Novo quando entrei na política”, disse a VEJA, destacando que tem “afinidade total de ideias” com a nova sigla.

    Van Hattem é um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL) no Rio Grande do Sul e liderou os movimentos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff no estado. Segundo ele, o MBL gaúcho “tem afinidade” e por isso deve apoiá-lo durante a campanha: “eles têm interesse em formar essa parceria”.

    O parlamentar diz que “não quer ser confundido” com os casos de corrupção em que o PP está envolvido. “Se fosse eleito [deputado federal pelo PP], teria que passar pelo constrangimento de ser liderado por um presidente investigado na Lava Jato [Ciro Nogueira] e uma bancada que frequentemente é acusada, em grande parte, de negociar seus votos não por ideias, mas em troca de cargos. Não quero ser confundido com isso”, falou à reportagem.

    Para o deputado, um “diferencial” do Novo é a recusa à verba pública do fundo partidário para financiar campanhas. No seu gabinete, o deputado conta que também contém gastos de dinheiro público. Ele devolve mensalmente cerca de 3.800 reais referentes ao reajuste nos salários dos deputados. Além disso, costuma usar menos de 30% da verba de gabinete à disposição dos parlamentares, no valor máximo de 14.000 reais, e evita as chamadas “diárias”, que custeiam viagens a trabalho.

    O anúncio de sua saída do PP seria anunciado em plenário durante o expediente da última terça-feira (27). Porém, a estratégia desagradou o partido que convocou dois parlamentares (Van Hattem é suplente com 35.345 votos) que ocupavam cargos de secretários para retornar à casa para a votação de um projeto do interesse do governo de José Ivo Sartori (PMDB). Van Hattem, porém, diz que votaria a favor dos projetos. O movimento foi entendido como uma retaliação do PP. Apesar do episódio, van Hattem afirma que respeita as lideranças gaúchas do PP.

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    Os progressistas, até então aliados de Sartori, desembarcarão do governo até 15 de março para que possam defender uma candidatura própria ao Piratini. A convenção do PP está marcada para o dia 24 de março quando definirão quem disputará o governo. Nomes como o deputado federal Luis Carlos Heinze, o mais votado do RS, e o advogado Antônio Weck são os preferidos.

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