Assine VEJA por R$2,00/semana
Ricardo Rangel
Continua após publicidade

Um espelho para o general

Etchegoyen acha que alguém ensinou à imprensa que golpe sempre é uma possibilidade. Quem terá sido?

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 Maio 2021, 13h33
  • Seguir materia Seguindo materia
  • “Alguém ensinou um modelo de análise à imprensa em que a possibilidade de golpe está sempre colocada”, ironizou o general Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do GSI no governo Temer.

    Publicidade

    Está certo o general. Alguém ensinou.

    Publicidade

    Pode ter sido o capitão Jair Messias Bolsonaro que dia sim, dia não, ameaça usar o Exército — que chama de “meu” — para dar golpe.

    Ou o general Fernando Azevedo, ministro da Defesa que defendeu o golpe de 1964 mais de uma vez e sobrevoou com o presidente Bolsonaro uma manifestação golpista. Ou os muitos generais que frequentam ou frequentaram manifestações golpistas em apoio a Bolsonaro.

    Publicidade

    Ou os generais Heleno, Ramos e Braga Netto, que apoiam o comportamento golpista de Bolsonaro e, segundo denúncia nunca desmentida da revista Piauí, participaram de uma reunião em que se discutiu o fechamento do STF.

    Continua após a publicidade

    Ou o general Mourão, que ameaçou golpe contra Dilma duas vezes, e depois aventou o autogolpe de Bolsonaro. Ou o general Villas-Boas, que pressionou o Supremo Tribunal Federal (ou os generais do Alto Comando que o apoiaram).

    Publicidade

    Ou qualquer um dos presidentes do Clube Militar, que, há anos, dão declarações golpistas (a última vez foi dias atrás).

    Ou os generais que deram o golpe em Jango em 1964 — e mais uma dúzia de autogolpes durante a ditadura militar.

    Publicidade

    Ou os generais que apoiaram o autogolpe de Getúlio Vargas em 1937, e sustentaram o ditador por oito anos. Ou os que deram o golpe em Washington Luís em 1930.

    Continua após a publicidade

    Ou os militares que se envolveram em conspirações e movimentos golpistas em 1922, 1924, 1954, 1955 e 1961.

    Publicidade

    Ou Floriano, que deu o autogolpe e se fez ditador. Ou Deodoro, que deu o golpe em Dom Pedro II.

    Mas também pode ter sido qualquer um dos muitos generais que criticam a imprensa, como o próprio Etchegoyen, mas nunca, jamais, repudiam as ameaças golpistas de Jair Bolsonaro.

    Mas que alguém ensinou à imprensa que golpe “é sempre uma possibilidade”, ah, isso alguém ensinou.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.