O ministro Dias Toffoli, do STF, anulou o acordo de leniência da Odebrecht na Operação Lava-Jato. Não satisfeito, foi em frente e afirmou que prisão de Lula foi um dos maiores “erros judiciários da história”.
O douto ministro, antigo advogado do Partido dos Trabalhadores, cansou de ser juiz apenas dos processos que examina. Resolveu ser juiz de todos os juízes da história.
Mas matar não basta. É preciso esfolar.
A Advocacia-Geral da União anunciou a criação de uma força-tarefa para investigar a conduta de Sergio Moro e de membros do Ministério Público Federal durante a Lava-Jato. Está na cara aonde essa força-tarefa quer chegar.
O titular da AGU é José Messias, mais conhecido por “Bessias”, encarregado por Dilma em 2016 de entregar a Lula uma nomeação para ministro da Casa Civil. A nomeação não tinha data e visava a dar a Lula foro privilegiado, blindando-o em caso de uma visita inesperada da Polícia Federal. Sergio Moro divulgou a gravação, levando o ministro Gilmar Mendes a suspender a nomeação. Dois anos depois, Lula foi preso.
Segundo contou em uma entrevista em março, durante a prisão, quando lhe perguntavam se estava tudo bem, Lula respondia que “só vai estar bem quando eu foder esse Moro” e “eu estou aqui para me vingar dessa gente”. A AGU é um ministério do governo e faz o que o presidente manda. “Por mais que Lula diga que quer reconciliar o país, não parece ser esse seu estado de espírito.
Quanto a Messias, como se sabe, está em campanha aberta para ser indicado ministro do STF. Com essa força-tarefa, suas chances devem ter se multiplicado.
Mas… como é que fica? Faz de conta que Marcelo Odebrecht e sua diretoria não confessaram? Absolve todo mundo?
E os 3,5 bilhões de dólares pagos em multas pagos pela Odebrecht e pela Braskem? Devolve? E paga indenização por perdas morais e materiais?
Criador do que ficou conhecido como o maior esquema de corrupção da história, o PT periga ficar conhecido como o partido que reabilitou oficialmente os corruptos.