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Jorge Jesus e a “moda” do racismo

Nascido em Portugal e ex-morador do Brasil, o treinador deveria compreender a gravidade do problema

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 dez 2020, 21h31 - Publicado em 9 dez 2020, 21h30

“Está muito na moda isso de racismo”, disse o treinador Jorge Jesus acerca do episódio em que jogadores do PSG e do Istanbul Basaksehir abandonaram um jogo em protesto contra o comentário racista de um juiz. “Qualquer coisa que se possa dizer contra um negro é sempre racismo”, disse.

Evidentemente, o racismo não está na moda. O que há é uma espécie de despertar mundial para o fato de que o racismo é um problema gravíssimo e inaceitável, que precisa ser combatido. Não parece uma moda, e tomara que não seja.

Afirmar que o racismo “está na moda” é uma maneira de minimizá-lo, de dar a impressão de que ele não existe, ou não é um problema grave, de mudar do assunto. Uma maneira de perenizá-lo. Racistas agradecem.

Jorge Jesus é português e morou no Brasil.

Portugal foi o primeiro país colonialista, o primeiro país ocidental a escravizar africanos, o maior traficante de escravos negros do mundo e o último país a ceder a independência a uma colônia (Timor Leste, em 2002).

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O Brasil é o país que teve o maior contingente de escravos trazidos da África, o que teve o maior números de escravos, o que mais dependeu de mão-de-obra escrava, o último país ocidental a abolir a escravatura, e um dos países mais racistas do mundo.

Jorge Jesus não é culpado, evidentemente, pelo que fizeram seus antepassados nem pela opressão que sofrem os negros no Brasil.

Sendo quem é, no entanto, deveria ter uma compreensão melhor do que é o racismo e ter mais sensibilidade e solidariedade. 

E não dizer barbaridades.

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